Ney Latorraca, que morreu nesta quinta-feira (26) faleceu aos 80 anos de uma sepse pulmonar causada por complicações de um câncer de próstata. O ator já havia feito um testamento com respeito a sua herança que será destinada para causas sociais. O artista, com quase 60 anos de carreira, não deixará o dinheiro para seus familiares, mas apenas para instituições de apoio à cultura e à saúde.
Em entrevistas anteriores, o artista comentou que, em 1996, oficializou o testamento no qual destinou sua herança a instituições como o Retiro dos Artistas (RJ), a ABBR (Associação Beneficente de Reabilitação), o GAPA de Santos (Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS) e a Hanseníase de Campo Grande.
Em suas palavras: “Acho importante. As cortinas se abrem, e os aplausos, se vierem, não serão apenas pelo meu trabalho como ator, mas também por uma atitude cidadã.” Essa decisão mostra o lado humano do artista, que utilizou sua influência para contribuir com causas sociais e até sobre a cultura.
Ney foi casado por 30 anos com o ator, escritor e diretor teatral Edi Botelho. Apesar de ter considerado a possibilidade de ter filhos em seu casamento anterior com Inês Galvão, na década de 1980, ele admitiu que desistiu da ideia, quando disse: “Até tentei. Quando fui casado com a Inês Galvão (na década de 80), a gente pensou durante cinco anos. Mas aí na hora não tive coragem”.
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O velório de Ney Latorraca ocorreu Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia e foi aberto para os fãs e amigos.
Durante a despedida, Edi seu marido, não conteve as lágrimas e chorou diante do caixão do marido, foi consolado por amigos, e detalhou os últimos dias do companheiro.
Protagonista de polêmica cena em novela da Globo, o intérprete do Barbosa no programa “TV Pirata” (1988-1990), o humorista recebeu coroas de flores de Marco Nanini. A dupla contracenou na atração, na novela “Um Sonho a Mais” (1985) e na peça teatral “O Mistério de Irma Vap” (que ficou mais de 10 anos em cartaz).

Entre os outros trabalhos de Ney estão as novelas “Rabo de Saia” (1984), “Brasileiras e Brasileiros” (1990-1991), “Éramos Seis” (1994), “Zazá” (1997-1998, que estará na globoplay no próximo dia 30 de dezembro em homenagem ao ator) e “Alexandre e Outras Histórias” (2013).
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