Número de jovens eleitores dobram em Salvador, revela dados do TSE

Acompanhando uma tendência nacional, o número de eleitores entre 16 e 17 anos em Salvador aumentou 105% em relação às eleições de 2020. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são 8,4 mil jovens que garantiram o direito de votar na cidade, mesmo que não seja obrigatório.

Na última eleição municipal, 4,1 mil jovens estavam aptos a votar na capital baiana. Esse crescimento é percebido também no estado da Bahia, onde o número de eleitores dessa faixa etária passou de 126,6 mil em 2020 para 193,3 mil em 2024, um aumento de 52%.

Especialistas atribuem esse aumento a vários fatores, incluindo campanhas da Justiça Eleitoral e a polarização política nas redes sociais. “Os jovens estão mais conscientes da importância de se preparar para o mercado de trabalho, de ter acesso e espaço, e de entender a política como algo que pode influenciar suas vidas”, afirmou o cientista político Joviniano Neto ao jornal Correio, parceiro do Alô Alô Bahia.

Embora não seja obrigatório, jovens que completaram 16 anos já têm a possibilidade de votar. Para incentivar o alistamento eleitoral de jovens entre 15 e 17 anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e organizações estudantis têm promovido uma campanha.

Nos últimos quatro anos, a Justiça Eleitoral tem promovido campanhas para incentivar a participação dos jovens nas eleições, especialmente nas redes sociais. “A Justiça Eleitoral se esforçou para comunicar-se melhor com esse público através das redes. Influenciadores digitais também ajudaram a divulgar a importância do voto, o que resultou em maior conscientização sobre a importância da participação política”, observou Jaime Barreiros, analista do Tribunal Regional da Bahia (TRE-BA).

“Ainda que as eleições presidenciais sejam mais mobilizadoras e divisivas no Brasil, as eleições municipais são importantes por eleger vereadores que estão próximos e conhecem os problemas locais”, contextualizou Joviniano Neto, destacando a maior proximidade dos candidatos com o cotidiano dos bairros e municípios.

O cientista político também ressaltou que a participação política dos jovens por meio do voto é um “rito de passagem” importante. “É fundamental. A participação da juventude indica o futuro do eleitorado. Nos dá uma visão de para onde o eleitorado pode caminhar, pois a vida se renova”, refletiu.

Fonte: Alô alô Bahia