Iphan responsabiliza Ordem Primeira de São Francisco por manutenção de igreja após tragédia

A tragédia na Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, trouxe à tona uma importante discussão sobre a preservação do patrimônio histórico brasileiro. Em nota conjunta com o Ministério da Cultura (MinC), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reforçou que a gestão e manutenção da igreja são de responsabilidade da Ordem Primeira de São Francisco. O desabamento do forro do teto central resultou em uma morte e deixou cinco pessoas feridas, gerando grande comoção.

O Iphan destacou que, como órgão responsável pela proteção do patrimônio cultural, tem atuado na preservação do local. Entre as ações, citou o recente restauro dos painéis de azulejaria portuguesa, concluído em maio de 2023, e a elaboração de um projeto para a restauração do edifício, que está em andamento. Apesar desses esforços, a tragédia expõe a necessidade de medidas preventivas mais efetivas.

Responsabilidades e Investigações

Veja vídeo dos estragos do desabamento:

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A Ordem Primeira de São Francisco foi questionada sobre alertas prévios feitos ao Iphan, como o apontamento de um problema no forro da igreja apenas dois dias antes do acidente, mas ainda não respondeu oficialmente. O Iphan e o MinC, por sua vez, lamentaram profundamente o ocorrido e se colocaram à disposição para colaborar com as investigações, além de reafirmarem o compromisso com a preservação do patrimônio histórico e cultural.

A Polícia Federal e outros órgãos já iniciaram as apurações para identificar possíveis falhas de manutenção ou gestão que possam ter contribuído para o desabamento. Paralelamente, a Arquidiocese de São Salvador da Bahia também expressou solidariedade às vítimas, ressaltando a importância histórica e espiritual da igreja, classificada como Patrimônio Mundial pela UNESCO.

Impacto Cultural e Histórico

A Igreja de São Francisco de Assis não é apenas um edifício religioso, mas um símbolo da história e da fé do povo baiano. Construída há mais de três séculos, ela representa um testemunho inestimável da dedicação dos Frades Franciscanos à preservação do legado histórico. Contudo, a tragédia evidenciou os desafios que envolvem a conservação de bens tão antigos, especialmente diante de recursos limitados e da complexidade estrutural de monumentos históricos.

Atenção à Memória Nacional

O caso acendeu um alerta sobre a importância de preservar a memória nacional. O ex-prefeito ACM Neto destacou a falta de preservação do patrimônio histórico no Brasil, apontando a tragédia como reflexo de uma negligência com a memória cultural do país.

Enquanto isso, o Pelourinho, conhecido por sua efervescência cultural, vive um momento de luto. A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) cancelou a programação cultural da região em respeito às vítimas e à gravidade da situação.

Reflexão e Mobilização

Essa tragédia serve como um convite à reflexão para que governos, instituições e a sociedade unam esforços na proteção do patrimônio histórico. Monumentos como a Igreja de São Francisco de Assis não são apenas estruturas físicas, mas heranças culturais que conectam gerações e mantêm viva a história do país.

O futuro do edifício agora depende das investigações e do comprometimento em implementar soluções que evitem que incidentes semelhantes se repitam. Enquanto isso, o espaço segue interditado, e a esperança é de que essa tragédia inspire ações mais firmes em defesa do patrimônio nacional.

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