Cinco estudantes baianos do Colégio da Polícia Militar da unidade Lobato, em Salvador, estão conquistando pelo segundo ano consecutivo o reconhecimento internacional com suas descobertas de asteroides, identificando seis novos corpos celestes que orbitam o Sol.
Esses alunos que serão premiados pela NASA, receberão seus troféus em uma cerimônia em Brasília no próximo dia 9 de novembro. Essa ação dos jovens de escola pública foi possível graças ao projeto “Caça Asteroides”, uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e a Agência Espacial Americana, que permite a estudantes participarem de análises de dados astronômicos em busca de objetos que possam representar potenciais riscos para a Terra.
Qualquer estudante interessado no assunto pode fazer parte do projeto, que tem como objetivo aumentar a busca de novos corpos celestes que possam causar riscos ao planeta Terra.
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Um asteroide é definido pelos astrônomos como um pequeno pedaço de rocha orbitando o sol que podem cair sobre a terra;

Como Funciona o Projeto “Caça Asteroides”
No projeto, os alunos têm acesso a imagens captadas por telescópios altamente avançados, enviadas a eles em formato de GIF através de um aplicativo. Essas imagens mostram os movimentos de corpos celestes no espaço, e o desafio dos jovens pesquisadores é identificar qualquer movimentação que indique a presença de um asteroide.
A estudante Anna Júlia Rocha explica que o trabalho envolve observar padrões específicos nos movimentos dos asteroides para depois analisar detalhes como a magnitude — um fator importante para entender o tamanho e a intensidade de um corpo celeste. Com esses dados, os alunos elaboram relatórios que são revisados e validados pela NASA.

Para um leigo, as imagens mostradas no aplicativo não dizem nada. Mas foi através da análise delas que Maria Clara Ribeiro, Larissa Vieira, Robert Figueiredo e Jeferson Nascimento descobriram os asteroides batizados como: P21XZQY, P21XZUK, P21XZUN, P11Y7UG, P21YDK0 e P21YDSI.
Embora essas descobertas pareçam simples para quem não entende o processo, a análise exige atenção e dedicação, e os alunos do Colégio da Polícia Militar mostraram grande competência ao realizar essas análises de forma correta e agora serão recompensados com suas medalhas e o reconhecimento.
“Não é todo corpo celeste que faz o movimento retilínio que pode ser classificado como asteroide”, reforçou Anna Júlia.
Assim, o que esses jovens conquistaram representa não apenas uma conquista pessoal, mas também um exemplo inspirador para outros da geração deles. Ele mostra que, com dedicação e incentivo adequado, é possível alcançar grandes objetivos mesmo sendo de uma escola pública.
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