Tubarão invade gaiola de proteção e mergulhador vive momentos de pânico no fundo do mar

O que era para ser uma experiência inesquecível de contemplação marinha se transformou em minutos de tensão nas águas cristalinas próximas à Ilha Guadalupe, no México. Um mergulhador que participava de um passeio turístico de observação de tubarões viu sua segurança ser colocada à prova quando um grande tubarão branco colidiu com a estrutura da gaiola e, de forma inesperada, conseguiu atravessar as barras metálicas.

O episódio foi registrado em vídeo e rapidamente circulou pelas redes sociais, despertando espanto e debates sobre os riscos desse tipo de atividade. O ataque, segundo especialistas, não foi proposital. O tubarão, ao se lançar contra uma isca posicionada perto da gaiola, acabou desorientado no momento do impacto. Isso porque, durante o ataque, os grandes tubarões brancos podem sofrer um breve apagão visual — uma espécie de cegueira momentânea provocada pelo giro dos olhos para dentro do crânio, um mecanismo natural de proteção.

Sem conseguir recuar — já que essa espécie não é capaz de nadar para trás —, o animal acabou entrando à força na estrutura, enquanto o mergulhador assistia, impotente, à aproximação de um predador de mais de uma tonelada.

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Apesar da situação dramática, o mergulhador conseguiu manter a calma e sair ileso. O tubarão também não sofreu ferimentos visíveis e, após alguns instantes de agitação, conseguiu sair da gaiola e nadou para longe, sem demonstrar agressividade adicional.

Turismo de aventura sob questionamento

O incidente reacendeu a discussão sobre os limites do turismo de aventura em habitats naturais e a segurança dos passeios que promovem o contato com animais selvagens. Embora esses mergulhos sejam realizados com estrutura especializada e medidas de segurança rigorosas, situações imprevistas, como essa, revelam que o risco nunca é completamente descartado.

Especialistas alertam que o uso de iscas para atrair tubarões pode alterar o comportamento natural dos animais e criar situações de estresse, tanto para os animais quanto para os turistas. Há também o argumento de que a prática pode reforçar estigmas negativos sobre esses predadores, que desempenham um papel fundamental nos ecossistemas marinhos.

O caso ocorrido em Guadalupe serve como um alerta: mesmo com planejamento e tecnologia, a natureza é imprevisível. Para os envolvidos, ficou a lembrança de um susto que poderia ter terminado de outra forma — e para o público, uma oportunidade de refletir sobre os limites entre o fascínio e o respeito pela vida selvagem.

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