O caso que envolve André Soares tem despertado ampla preocupação entre autoridades nacionais e internacionais, não apenas pela gravidade dos crimes atribuídos a ele, mas também pelo seu potencial de risco à segurança pública.
Soares foi localizado por policiais civis do Amazonas em um flutuante no lago Tarumã-Açu, área bastante frequentada por moradores e turistas na capital, Manaus. Durante a operação, foram apreendidos celulares, HDs e computadores, que agora passam por análise pericial. Esses dispositivos podem conter provas fundamentais para aprofundar o inquérito.
As investigações apontam que ele é o responsável por um ato criminoso ocorrido na última segunda-feira, quando uma sinagoga foi alvo de um ataque. Imagens de câmeras de segurança mostram o suspeito tentando entrar em contato com o rabino do local. Como não obteve resposta, fixou na fachada papéis com símbolos nazistas. Esses materiais continham também links que direcionavam para imagens simuladas de abuso sexual infantil, o que agravou ainda mais a gravidade da denúncia.
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A trajetória de Soares já estava no radar da polícia desde março. Naquele período, ele foi flagrado nas dependências da Universidade Federal do Amazonas portando um simulacro de arma, tipo airsoft. Em paralelo, surgiram vídeos que o mostram colando símbolos nazistas na fachada do Tribunal de Justiça do estado. Em uma das gravações, ele declara estar “notificando o tribunal” e se diz vitorioso, demonstrando comportamento ameaçador e delirante.
Além disso, há registros de vídeos postados em fóruns virtuais em que o suspeito aparece usando uma balaclava no pescoço e fazendo ameaças explícitas contra autoridades brasileiras — como o governador do Amazonas, Wilson Lima, e membros do Judiciário — e também contra figuras internacionais, como o ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Diante da gravidade dos fatos, Soares agora responderá pelos crimes de racismo, posse e disseminação de pornografia infantil. Juntas, essas acusações podem render até 11 anos de prisão. A preocupação é tamanha que a Embaixada dos Estados Unidos solicitou informações diretamente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, diante do risco representado por Soares às comunidades religiosas, especialmente a judaica.
A polícia ainda avalia que o suspeito possui recursos financeiros consideráveis, o que poderia facilitar ações violentas e planejadas. Diante desse cenário, a prisão preventiva foi solicitada para evitar qualquer nova ameaça à ordem pública.
O caso evidencia a importância da vigilância contínua contra práticas extremistas e crimes de ódio, que podem escalar rapidamente, principalmente quando aliados ao discurso radical e ao uso da internet como meio de disseminação.
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