Não conhecer a origem do sofrimento de um filho é uma das experiências mais angustiantes para qualquer família. Foi nesse turbilhão de incertezas e medo que os pais da pequena Aurora mergulharam logo após o seu nascimento, em 21 de abril de 2024.
Desde os primeiros momentos de vida, a bebê já dava sinais de que algo não estava bem: ela não chorou ao nascer, precisou imediatamente de suporte com oxigênio, passou um dia na UTI e apresentava feições delicadas e incomuns, que chamavam a atenção dos médicos.
Aurora, com uma marca em forma de coração no rosto e um olhar que parecia carregar mais histórias do que o tempo de vida permitia, é a terceira filha de Camila Louise. Mas, para a mãe, nada do que ela já havia enfrentado com os outros filhos — depressão pós-parto, dificuldades com a amamentação, alergias alimentares — a preparou para o que viria com Aurora. Todas as experiências anteriores pareceram uma preparação emocional e psicológica para o desafio que estava por vir: descobrir e lidar com uma condição rara, ainda sem nome naquele momento, mas que já transformava profundamente a rotina e o coração da família.
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A espera por respostas foi longa, dolorosa e repleta de dúvidas. Enquanto isso, Camila tentava, como tantas outras mães, oferecer o máximo de acolhimento, presença e amor — mesmo sem saber ao certo contra o que estava lutando. A história de Aurora não é só sobre um diagnóstico difícil; é também sobre resistência, sensibilidade e uma maternidade que aprendeu a florescer em terreno incerto.
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