Na última segunda-feira (27), um restaurante em Goiana, Pernambuco, foi multado em impressionantes R$ 1,6 milhão pela venda ilegal de guaiamum, uma espécie de caranguejo criticamente ameaçada de extinção. A multa foi imposta durante uma operação de fiscalização realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Esse tipo de infração é extremamente grave, pois coloca em risco a biodiversidade local.
Os fiscais do Ibama apreenderam 166 guaiamuns, que estavam sendo mantidos em condições inadequadas dentro do próprio restaurante, onde eram abatidos para consumo. Após a apreensão, os animais foram imediatamente soltos em seu habitat natural, uma área de transição de vegetação apicum/manguezal, em um município vizinho.
A multa foi estabelecida com base em uma série de fatores, incluindo a vulnerabilidade da espécie, o grande número de guaiamuns apreendidos e o fato de que o restaurante estava comercializando esses animais para obter lucro. A prática ilegal de captura e venda de espécies ameaçadas não apenas prejudica a biodiversidade, mas também ameaça a sobrevivência de uma espécie tão importante para o ecossistema.
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O guaiamum, de cor azulada, só pode ser comercializado legalmente se coletado em áreas autorizadas e dentro de regulamentos que garantam a sustentabilidade da espécie. Igor de Brito Silva, chefe do Núcleo de Operações de Fiscalização da Atividade Pesqueira (Nupesc) do Ibama, reforça que é essencial que a população evite consumir animais em risco de extinção. Isso ajuda a combater o mercado ilegal e desestimula a prática de crimes ambientais por parte de estabelecimentos que visam lucro com a exploração de espécies ameaçadas.
Essas ações de fiscalização não só visam proteger os animais, mas também preservar os ecossistemas que dependem deles para manter o equilíbrio natural.
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