PM com 43 mil seguidores é advertida após postar vídeo lavando viatura oficial

A policial militar Mayara Kelly Mota, que atua na Polícia Militar do Ceará, foi punida com dois dias de detenção no quartel após publicar vídeos nas redes sociais que, segundo a corporação, violam normas do Código Disciplinar Militar. A sanção foi motivada por conteúdos em que a agente aparece lavando uma viatura oficial e ensinando o uso de um torniquete, enquanto fardada.

A PM entende que Mayara utilizou a farda e a estrutura da corporação para se promover pessoalmente nas redes sociais, o que contraria regras internas. A decisão, no entanto, ainda não é definitiva e pode ser contestada. O advogado da policial, Francisco Sabino — que também representa a Associação das Praças Militares do Estado do Ceará (Aspra) — declarou que considera a penalidade injusta e afirmou que vai recorrer.

Em um dos vídeos, publicado em abril de 2023, Mayara aparece lavando uma viatura dentro de um quartel e aproveita o momento para abordar a presença feminina na corporação. “Algumas pessoas acham que a mulher na polícia só trabalha no administrativo. Mal sabem elas que exercemos inúmeras funções que, até poucos anos atrás, eram vistas como ‘coisa de homem’”, comentou no vídeo.

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Já em outra publicação, datada de julho do mesmo ano, ela aparece uniformizada, demonstrando como aplicar corretamente um torniquete — técnica fundamental em atendimentos de emergência. Com mais de 43 mil seguidores no Instagram, Mayara costuma compartilhar trechos da rotina como mãe e policial, buscando inspirar outras mulheres e divulgar informações úteis sobre segurança pública e primeiros socorros.

A Polícia Militar informou que a apuração do caso seguiu todos os trâmites legais, previstos no Código Disciplinar da corporação. Apesar disso, o caso vem gerando debate entre internautas e colegas da PM, especialmente por envolver uma agente que se destaca pela atuação nas redes com conteúdo educativo.

Em meio à repercussão, Mayara usou as redes sociais para se manifestar sobre a situação. “Cinco anos de profissão não são cinco dias! Lembro do meu primeiro plantão, da emoção de entrar na viatura e sentir o peso da responsabilidade. Ser policial é mais do que uma profissão, é uma missão de vida”, escreveu.

O episódio levanta questões sobre a presença de agentes da segurança pública nas redes sociais e até que ponto o uso da imagem institucional pode ou não ser compatível com ações de divulgação pessoal, ainda que com viés educativo.

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