Kelly e Larry Peterson, um casal que vive com espinha bífida, provaram que o amor e a força de vontade superam qualquer barreira. Ao adotarem Hadley, uma menina com a mesma condição, eles não apenas formaram uma família, mas também deram um exemplo inspirador de resiliência e inclusão. Moradores de Cedar Lake, Indiana, os Petersons enfrentaram preconceitos e obstáculos para realizar o sonho da adoção, mas hoje vivem para mostrar ao mundo que a deficiência não define limites.
Superação?
A espinha bífida, condição que afeta a coluna vertebral e causa limitações motoras, é o que une os três membros dessa família. Kelly, 46 anos, é professora de educação especial e vive com paralisia da cintura para baixo. Larry, também de 46 anos, tem mobilidade parcial nas pernas e trabalha em um centro automotivo. Hadley, adotada oficialmente em 2020, utiliza cadeira de rodas, mas já demonstra uma independência admirável que encanta seus pais.
“Hadley trouxe tanto amor e alegria para as nossas vidas. Ela nos ensina todos os dias a importância de superar limites e celebrar cada conquista”, compartilhou Larry com entusiasmo.
Enfrentando preconceitos no caminho da adoção
A jornada para adotar Hadley não foi fácil. Kelly relembra que muitas agências de adoção se recusaram a trabalhar com o casal devido à condição física deles. “Disseram que pessoas com deficiência não poderiam ser pais adequados. Isso só nos deu mais motivação para provar que estavam errados”, afirmou Kelly.
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Apesar das barreiras, a perseverança venceu. Hadley foi adotada após dois anos de luta, mesmo com o diagnóstico de outras condições como apraxia e a síndrome 22Q, um distúrbio genético. “Não sabemos tudo, mas aprendemos a buscar ajuda e defender nossa filha. Cada desafio é uma oportunidade de crescer como família”, explicou Kelly, que também identificou sinais de autismo na menina e garantiu o diagnóstico necessário.
Especialistas destacam a importância de pais com experiência em deficiência
A médica Sue Mukherjee, do Shriners Children’s Chicago, elogiou a experiência de Kelly e Larry como um diferencial. “Pais com espinha bífida têm uma compreensão única das necessidades da filha. Eles sabem como ensinar independência e resiliência de uma forma que ninguém mais poderia”, afirmou.
A conexão entre Kelly e Larry também é inspiradora. Conheceram-se ainda crianças, em um acampamento, mas só começaram a se relacionar anos depois, graças às redes sociais. Casaram-se em 2016 e decidiram adotar Hadley em 2018, poucos dias antes de o prazo de inscrição expirar.
“Com Larry, não preciso explicar como me sinto. Ele entende porque passou pelas mesmas coisas. Isso nos dá força e conforto”, contou Kelly.
Uma mensagem de esperança e inclusão
Os Petersons veem em sua história uma oportunidade de inspirar outras pessoas com deficiência a considerarem a adoção. “Queremos que as pessoas saibam que é possível. Não somos diferentes de qualquer outra família. A única diferença está na forma como os outros nos enxergam”, disse Kelly.
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