Pescadores capturam peixe de 80 kg e mais de 2 metros em rio da Bahia

O que começou como um boato entre ribeirinhos terminou com uma das maiores capturas já registradas no Rio São Francisco, na Bahia. Um grupo de sete pescadores da cidade de Malhada, no sudoeste do estado, fisgou um Pirarucu de 2,2 metros de comprimento e cerca de 80 kg. Embora essa espécie seja mais comum na região Norte do país, esse exemplar foi encontrado em território baiano, o que surpreendeu os moradores locais.

Um desafio de força e paciência

A pescaria aconteceu no dia 16 de abril, depois que os pescadores ouviram relatos de moradores da comunidade quilombola de Paudarco, na zona rural de Malhada. Eles diziam que havia um peixe muito grande nadando próximo às margens do rio. O tamanho incomum do animal chamou a atenção e, com o tempo, ele até virou alvo de comentários cheios de mistério — alguns diziam que o peixe seria “encantado”.

Intrigados e motivados pela curiosidade e pela possibilidade de uma pesca histórica, os sete homens se organizaram e saíram em busca do tal peixe gigante. Foram necessárias cerca de duas horas de esforço, muita habilidade e trabalho em equipe para conseguir capturar o animal.

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Foi complicado tirá-lo da água, ele quase virou o barco. Precisou de bastante gente para puxar a rede”, contou o pescador Celso Batista em entrevista ao G1.

Um gigante das águas

O peixe capturado era um Pirarucu, uma das maiores espécies de peixe de água doce do mundo. Nativo da Amazônia, ele pode ultrapassar 3 metros de comprimento e pesar mais de 200 kg. É conhecido pela força e pelo comportamento ágil, o que torna a pesca desse animal um verdadeiro desafio — mesmo para pescadores experientes.

Apesar de ser típico da região Norte, o Pirarucu também tem sido encontrado em outros biomas brasileiros, especialmente em trechos mais profundos e calmos de grandes rios, como o São Francisco. A presença dele na Bahia é rara, mas não impossível, especialmente por conta de práticas de soltura de espécies ou migrações naturais.

O destino do peixe

Depois da captura, o Pirarucu foi limpo e dividido em sete partes iguais, com cerca de 10 kg cada. A carne foi vendida entre os moradores da região. Por ser uma espécie exótica no estado, o fato gerou grande curiosidade e movimentou a comunidade local, tanto pela dimensão do peixe quanto pelas histórias que surgiram em torno dele.

A importância da pesca consciente

O episódio também levanta um debate importante: a necessidade de preservar as espécies aquáticas brasileiras. O Pirarucu, por exemplo, já esteve ameaçado de extinção e hoje é protegido por leis ambientais que regulam a pesca, especialmente nas regiões onde é nativo. Embora o caso em Malhada tenha sido pontual, é essencial que pescadores sigam as normas de pesca sustentável, garantindo a preservação das espécies e o equilíbrio dos ecossistemas.

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