O que começou como uma ação de fé terminou com um desfecho inesperado em Urucará, no interior do Amazonas. Um pastor evangélico de 32 anos foi preso ao tentar realizar um culto com detentos da delegacia local. O motivo da prisão, no entanto, não teve relação com a atividade religiosa: pesava contra ele um mandado de prisão preventiva por não pagamento de pensão alimentícia.
A abordagem aconteceu dentro da própria delegacia, quando o religioso chegou acompanhado de outros três missionários e solicitou autorização para ministrar a celebração aos presos. O grupo foi recebido pela equipe de plantão, que iniciou os trâmites de cadastro dos visitantes.
Foi nesse momento que os agentes identificaram o mandado de prisão em aberto, expedido pela Comarca de Manaus. A ordem judicial determinava a detenção imediata do pastor, o que levou os policiais civis a interromperem o procedimento e efetuar a prisão no local.
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Segundo o delegado Mateus Imperatriz Moreira, responsável pelo caso, a abordagem seguiu os protocolos previstos para entrada de visitantes na unidade policial.
“Durante o processo de cadastramento, identificamos que o pastor tinha um mandado de prisão em aberto. Por isso, cumprimos a determinação judicial imediatamente”, explicou.
Agora, o pastor permanecerá sob custódia, à disposição da Justiça, até que a situação relacionada à pensão alimentícia seja regularizada. O caso chama atenção para a importância da regularização de pendências judiciais, independentemente do contexto em que o indivíduo esteja inserido — inclusive quando o objetivo é promover ações de caráter social ou religioso.
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