Menina de 4 anos leva cocaína do pai para escola pensando ser bala de coco

O que era para ser apenas mais um dia normal na Escola Municipal Mariana Silva Guimarães, em Itamonte, no Sul de Minas Gerais, se transformou em um episódio alarmante. Uma menina de apenas 4 anos levou na mochila cerca de 20 papelotes de cocaína, pertencentes ao pai, e distribuiu entre os colegas, acreditando que se tratava de balas de coco.

Crianças ingeriram a droga sem saber o que era

Funcionários da escola relataram que oito crianças abriram os embrulhos e chegaram a colocar o conteúdo na boca. No entanto, ao estranharem o gosto amargo e a textura diferente, cuspiram a substância e avisaram imediatamente à professora. Diante da gravidade da situação, a coordenação foi acionada e levou a menina para uma conversa reservada. Sem entender a dimensão do ocorrido, a criança explicou que pegou as “balas” dentro da mochila do pai antes de ir para a escola.

Polícia encontra cocaína na sala de aula

A Polícia Militar foi chamada e, ao revistar a mochila da menina e a sala de aula, encontrou 16 papelotes com um pó branco — sete ainda lacrados e nove parcialmente abertos. Após análise da perícia, confirmou-se que o material era cocaína.

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Todas as 18 crianças da turma foram levadas para o hospital municipal para exames médicos. Felizmente, nenhuma apresentou sinais de intoxicação. O prefeito de Itamonte, João Pedro (Podemos), acompanhou o caso e reforçou a importância do atendimento rápido. “Foi um susto enorme, mas conseguimos agir a tempo para garantir que todas as crianças estivessem bem”, declarou.

Pai da menina foge com parte da droga

Antes da chegada da polícia, a escola acionou os responsáveis pelos alunos, solicitando que fossem ao local com urgência. O pai da menina, que já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas, foi o primeiro a chegar. Ao ser informado sobre a situação, ele tomou alguns dos papelotes das mãos de uma funcionária e fugiu, deixando para trás parte da substância que ainda estava na sala de aula.

De acordo com o tenente Adenilson de Oliveira Rocha, comandante da Polícia Militar em Itamonte, o homem percebeu mais tarde que nem toda a droga havia sido recuperada e, na tentativa de reaver o restante, enviou o próprio irmão — tio da menina — até a escola. No entanto, ao se deparar com conselheiras tutelares, o jovem se exaltou, discutiu com as autoridades e acabou sendo preso por desacato. Ele foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

Família questiona a versão da escola

A avó da menina se manifestou publicamente, levantando dúvidas sobre a versão dos fatos. “Quero provas de que minha neta realmente levou cocaína para a escola. Cadê as imagens das câmeras? E se essa droga já estivesse lá? E se meu filho for inocente?”, questionou.

No entanto, a Polícia Militar reafirmou a veracidade das provas. “Os exames periciais confirmaram que se trata de cocaína. Não há dúvidas sobre isso”, declarou o tenente Rocha.

Enquanto isso, o pai da criança segue foragido, e o caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.

Um alerta para a sociedade

O episódio reforça a necessidade de atenção redobrada sobre o ambiente em que as crianças estão inseridas e o impacto das escolhas dos responsáveis em suas vidas. Situações como essa não apenas colocam em risco a segurança dos pequenos, mas também evidenciam a presença do tráfico de drogas dentro das famílias e o perigo que isso representa para toda a sociedade.

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