Médico deixa fio-guia em paciente e é condenado a pagar R$ 50 mil de indenização

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Médico deixa fio-guia em paciente e é condenado a pagar R$ 50 mil de indenização

Um incidente médico ocorrido em São Vicente (SP) levanta sérias questões sobre a qualidade e a segurança no atendimento público de saúde.

Vanes de Jesus da Silva, um trabalhador autônomo de 47 anos, sofreu um grave erro médico após um fio-guia ser deixado dentro de seu corpo durante um procedimento de hemodiálise. Esse erro resultou em uma condenação do Estado de São Paulo a pagar uma indenização de R$ 50 mil.

O caso começou em 2022, quando Vanes, que enfrenta insuficiência renal devido ao diabetes, iniciou tratamento de hemodiálise no Instituto Segumed. Durante o procedimento, um fio-guia foi inserido para facilitar a colocação de um cateter, mas acabou sendo deixado dentro do corpo do paciente.

Esse corpo estranho não foi detectado imediatamente e só foi descoberto oito meses depois, quando Vanes começou a sentir dores intensas no peito.

Segundo a filha de Vanes, Jullyana Dionísio, o problema foi exacerbado pela falta de atenção do médico, que, apesar de ter removido o cateter, não percebeu que o fio-guia havia sido esquecido. O erro só foi identificado em julho de 2023, por meio de um exame de raios-X. Embora uma liminar judicial tenha determinado a remoção urgente do fio-guia, a cirurgia para retirar o objeto só foi realizada em março de 2024, dois meses após o prazo estabelecido.

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Este caso destaca a importância crítica de protocolos rigorosos e monitoramento contínuo no atendimento médico para garantir a segurança dos pacientes. Também evidencia a necessidade de um sistema de saúde mais eficiente e responsável, que possa evitar tais erros e garantir respostas rápidas e adequadas quando problemas são identificados.

Além de ser uma questão de justiça para Vanes, a situação serve como um alerta para a melhoria dos procedimentos e práticas médicas, buscando prevenir futuros incidentes e proteger a integridade dos pacientes em todo o sistema de saúde.

Fonte: G1

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