Mãe de adolescente com autismo está revoltada com a escola por proibir filho de levar lanche

Mãe de adolescente com autismo está revoltada com a escola por proibir filho de levar lanche

Mãe de adolescente com autismo está revoltada com a escola por proibir filho de levar lanche

A mãe de um adolescente de 14 anos com autismo ficou enfurecida após a escola em Feira de Santana, localizada a 100 km de Salvador, proibir o garoto de trazer seu próprio lanche. O jovem tem seletividade alimentar, uma característica frequente em pessoas autistas, que faz com que ele evite certos alimentos devido ao cheiro e à textura.

Segundo a família do adolescente, desde que começou a estudar na escola, em janeiro deste ano, o jovem não recebeu o Plano de Educação Individual, o (PEI), especializado para alunos especiais.

Mesmo tendo apresentado toda a documentação de um neurologista, explicando que o filho, pelo espectro autista, tem uma seletividade alimentar, ele foi impedido de comer o lanche que levava de casa junto dos colegas.

“Quando fui buscar meu filho na escola, percebi que ele estava com as mãos frias, com dor de cabeça e se sentindo muito enjoado. Perguntei o que havia ocorrido e ele respondeu que não havia comido o lanche porque não estava com fome. Isso me preocupou, pois conheço bem meu filho”, relatou a mãe, Jandira Carla Oliveira.

“Um dia desconfiei e insisti para ele me dizer o que estava acontecendo: ‘Filho, sou sua amiga e preciso saber o que está acontecendo’. Aí ele contou a verdade que não estava comendo o lanche, porque a funcionária da escola disse que a partir daquele dia era para ele guardar o lanche e não comer mais na escola.

Preocupada com a situação, a mãe denunciou o ocorrido e procurou o Núcleo Territorial de Educação e o Conselho Tutelar. Ela deseja que seu filho permaneça na escola e receba todos os direitos que lhe são garantidos.

A Constituição Federal, no Artigo 208, garante o atendimento educacional especializado para pessoas com deficiência. Além disso, uma lei de 2012 prevê o acesso a medicamentos e nutrientes necessários.

Depois da denúncia da mãe, na sexta-feira (16), Pedro não foi mais à escola. A família aguarda um laudo do Núcleo Territorial de Educação com um parecer, inclusive, nutricional sobre o caso.

O filho dela não ficará com fome durante a aula e com dor de cabeça por não ter se alimentado! O filho dela tem seletividade alimentar, isto é, não come de tudo.

A escola não quis se pronunciar sobre o ocorrido!

A mãe do adolescente relatou que foi informada de que nada poderia ser feito até que o nutricionista avalie o plano alimentar, e que o filho continuaria sem se alimentar na escola até que a nutricionista do Estado se expresssasse.

Ela ainda indagou que por ser um espaço público, era para procurar um escola particular se não se sentisse satisfeira naquele colégio, pois lá no particular poderiam atender melhor às necessidades do autista.

Em comunicado, o Núcleo Territorial de Educação esclareceu que fizeram uma reunião com a equipe de nutricionistas e com os pais do estudante. Durante a reunião, foi sugerido criar um cardápio especial para o estudante, mas a família optou por fornecer a alimentação que ele deve consumir na escola, acordo que foi aceito por todos os envolvidos.

O Núcleo Territorial de Educação destacou que aconselha os estudantes a não levarem alimentos casa e a consumirem apenas a alimentação oferecida pela escola, porcausa do risco de problemas de saúde causados por alimentos mal armazenados.

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