Já tem seis meses que houve a tragédia de enchente no Rio Grande do Sul que fez com que muitas famílias perdessem suas casas. Uma delas é Rosângela Jesus, de 62 anos, mãe da judoca Rochele Nunes, que defendeu Portugal nos Jogos de Tóquio 2020 e Paris 2024.
A judoca de 35 anos, está mobilizando uma rifa solidária de um celular recebido como patrocínio dos Jogos Olímpicos. Todo o valor arrecadado será para a sua mãe.
Conforme Rochele, a decisão de fazer a rifa veio após acompanhar de perto a situação de sua mãe. Apesar do desejo de agir antes, ela preferiu aguardar as iniciativas do governo que disse que ia ajudar, focando em garantir a segurança e bem-estar da mãe e em seu próprio preparo para os Jogos de Paris 2024.
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“Eu já queria ter feito antes, mas estava à espera do que ia ser feito pelos órgãos públicos para a minha mãe”, afirmou Rochele em entrevista ao portal “ge”.
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O plano é conseguir cerca de R$ 50 mil com a venda de cinco mil números de rifa, com o sorteio previsto para 2 de dezembro. Rosângela morava sozinha na casa onde criou os filhos e havia terminado de quitar o imóvel há seis meses. Agora, ela está em um apartamento em Canoas enquanto busca recomeçar.
Quem é Rochele Nunes?
Rochele nasceu em Pelotas e foi criada em Canoas, visto que seu pai conseguiu emprego na cidade. A judoca foi uma atleta da seleção brasileira até 2018, quando se naturalizou portuguesa apartir daí, passou a representar o país Europeu.
Ela já conquistou medalha de prata no Pan-Americano de Judô de 2015, realizado em Edmonton, Canadá. Na categoria +78 kg, ocupa hoje a 14ª posição no ranking e participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e Paris 2024, onde foi eliminada nas oitavas de final pela bósnia Larisa Ceric.
Recentemente Rochele participou da Olimpíada de Paris, porém não conseguiu o ouro e comenta abaixo como foi difícil participar desse campeonato:

Há seis meses eu perdi meu irmão mais novo de sete anos e foi muito difícil de ser forte. Pela primeira vez na vida eu pensei em desistir. Foi muito difícil. Se eu estou aqui é porque a minha família me apoiou e me ajudou emocionalmente. Não existe dor maior. Eu ter perdido ele há seis meses e depois minha mãe ter perdido a casa na enchente. Foi muito difícil eu estar aqui. Eu me preparei muito mesmo, foi muito sofrido. Estou orgulhosa do meu percurso. É por isso que eu não desisti, eu desmaiei porque não iria entregar de mão beijada. Dói demais, mas eu vou superar. Obrigada Brasil. E disse que estava orgulhosa do percurso e da ida até Paris para competir.
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