Antônio Pereira de Oliveira Sobrinho, de 80 anos, morreu após sofrer um coice de vaca enquanto trabalhava em uma propriedade rural em Rafael Jambeiro, no centro-norte da Bahia. A tragédia aconteceu na última segunda-feira (5), em uma cena que, infelizmente, ainda é comum em áreas onde o trabalho com animais faz parte da rotina diária.
Segundo relatos de familiares, Antônio estava tirando leite da vaca quando o animal se movimentou de forma brusca e derrubou o balde. Ao tentar pegá-lo, o idoso acabou sendo atingido por um coice na região abdominal — uma área extremamente sensível a esse tipo de impacto.
Mesmo socorrido com urgência e levado ao Hospital Municipal de Rafael Jambeiro, Antônio precisou ser transferido para o Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada da terça-feira (6).
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Esse tipo de acidente, apesar de parecer raro, levanta um alerta importante: a lida com animais de grande porte exige atenção constante, mesmo para quem tem experiência. Vacas podem parecer dóceis, mas qualquer movimento inesperado ou incômodo pode gerar uma reação de defesa — e um coice pode causar traumas internos graves, especialmente em pessoas idosas.
A morte de Antônio reacende discussões sobre a segurança no trabalho rural, especialmente quando envolve pessoas em idade avançada. O uso de equipamentos de proteção, o treinamento adequado para o manejo de animais e o acompanhamento de saúde de trabalhadores do campo são medidas que podem ajudar a evitar tragédias como essa.
O caso também toca em outro ponto importante: o isolamento em muitas comunidades rurais dificulta o acesso rápido a atendimento especializado, o que aumenta o risco em situações de emergência.
Mais do que uma fatalidade, essa história mostra como é fundamental investir em prevenção, orientação técnica e políticas públicas voltadas para a segurança e o bem-estar das populações do campo.
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