A execução de um servidor público dentro da própria casa, no bairro Sítio dos Pintos, na Zona Norte do Recife, causou comoção e levantou dúvidas sobre a motivação do crime. Luiz Carlos da Silva, de 59 anos, funcionário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), foi morto a tiros na noite do último domingo (13), em circunstâncias que permanecem envoltas em mistério.
Por volta das 18h, Luiz Carlos estava no primeiro andar da residência, no Córrego da Fortuna, assistindo televisão com dois amigos, quando dois homens armados invadiram a casa. Os criminosos pularam o muro, subiram as escadas e dispararam diretamente contra o servidor. Segundo relatos, o ataque foi direcionado exclusivamente a ele — os amigos que o acompanhavam não foram feridos.
Mesmo gravemente atingido no peito, Luiz Carlos ainda conseguiu conversar durante o socorro prestado por uma viatura da Polícia Militar, que o levou à UPA da Caxangá. Apesar dos esforços, ele não resistiu aos ferimentos.
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A morte chocou familiares e vizinhos, que não conseguem entender o motivo por trás da execução. Para o filho da vítima, Luiz Paulo, nada parece justificar a brutalidade do ataque.
— Motivação até agora a gente não consegue associar a nada. Meu pai era muito querido, estava há 34 anos na universidade, sempre bem quisto por todos. A gente fica sem saber o que pensar — afirmou.
Luiz Carlos iniciou sua trajetória na UFRPE como vigilante, mas há muitos anos exercia funções administrativas, sem envolvimento com segurança armada ou atividades de risco. Segundo Luiz Paulo, mesmo que se considerasse alguma desavença do passado, o atual contexto da vida do pai não aponta para nenhuma ameaça evidente.
— Se fosse nos tempos em que ele trabalhava como segurança, até daria para imaginar uma vingança, mas já faz muito tempo que ele atuava apenas internamente na universidade. Não consigo imaginar nada que justificasse isso — completou.
Vizinhos ouvidos pela imprensa local reforçaram a imagem de um homem prestativo, respeitado e presente na comunidade, conhecido por ajudar quem precisava e evitar qualquer tipo de confusão.
A Polícia Civil de Pernambuco está investigando o caso. Até o momento, não há informações sobre a identidade dos suspeitos ou possível motivação para o crime.
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