A história da jovem Ana Vitória Pereira Alves, de apenas 19 anos, voltou a chamar atenção após a empresária Adriana Alexina, de 38 anos, ser condenada pelo crime cometido em 2018, na cidade de Catalão, em Goiás. A empresária foi sentenciada a 12 anos de prisão por matar a ex-funcionária com um tiro na cabeça, motivada por ciúmes e desconfiança de uma suposta traição envolvendo seu próprio marido.
O que torna esse caso ainda mais doloroso é o relato da amiga de Ana Vitória, Cleia Teodoro. Ela contou que, na manhã do crime, era um sábado tranquilo. Ana havia dormido em sua casa, e as duas passaram o início do dia juntas, preparando o almoço e fazendo planos para sair mais tarde. No entanto, tudo mudou quando Adriana ligou pedindo ajuda no restaurante. Ela alegou estar passando mal e pediu para que Ana fosse trabalhar naquele dia.
Apesar de Cleia ter insistido para que Ana não fosse, a jovem decidiu aceitar o chamado pensando em ganhar um dinheiro extra. Segundo a amiga, Adriana chegou a buscar Ana em casa, e as duas saíram juntas no carro. Pouco tempo depois, Ana enviou uma mensagem preocupante: disse que estava com medo e que, se algo acontecesse com ela, a responsável seria Adriana.
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Infelizmente, o alerta veio tarde demais. De acordo com a investigação da polícia, ao chegarem no restaurante, Adriana e Ana Vitória começaram a discutir. A empresária perguntou diretamente se a jovem tinha um caso com seu marido, e, segundo ela, Ana teria confirmado e ainda feito provocações. Enfurecida, Adriana pegou uma arma e atirou na cabeça da ex-funcionária, que morreu na hora.
O marido da empresária estava nos fundos do restaurante no momento do disparo. Quando ouviu o tiro e viu Adriana armada, correu, com medo de também ser alvo. Já Adriana fugiu do local a pé, correu até a casa onde morava, deixou o filho sob os cuidados da babá e desapareceu. Dois dias depois, se apresentou voluntariamente à polícia e, na época, foi liberada para responder em liberdade.
Durante as investigações, a delegada responsável pelo caso informou que Adriana confessou o crime e relatou estar tomada pelo ciúmes. Disse que havia encontrado indícios de um possível envolvimento entre Ana e seu marido, e que, ao confrontá-la, perdeu o controle.
Mesmo após a condenação, o sentimento de injustiça permanece entre familiares e amigos da vítima. Muitos consideram a pena branda diante da frieza do crime e do sofrimento causado.
Este caso serve como um alerta grave sobre os perigos da possessividade, do ciúmes doentio e da falta de controle emocional. Ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa, por mais difícil que seja lidar com traições ou conflitos pessoais. As diferenças devem ser resolvidas com diálogo ou, quando necessário, pela Justiça — nunca com violência.
A jovem Ana Vitória tinha sonhos, planos e toda uma vida pela frente. Sua morte brutal não pode ser esquecida. É fundamental que a sociedade reflita sobre como prevenir casos como esse, promovendo o respeito, a empatia e a resolução pacífica de conflitos.
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