Imagine a angústia de uma família que, de repente, perde contato com um jovem saudável, trabalhador e que nunca havia sumido antes. Foi o que aconteceu com Gustavo da Conceição Benfica, um eletricista de 22 anos, morador do bairro Jardim América III, em Eunápolis, no extremo sul da Bahia. Ele está desaparecido desde a noite de quarta-feira (22), quando saiu de casa dizendo que iria visitar amigos.
A família, percebendo que Gustavo não retornava e não respondia às ligações, tentou contato pelo celular, mas só ouviu silêncio: o telefone estava fora de área. O comportamento preocupou os parentes, já que ele nunca havia passado tanto tempo sem dar notícias.
O caso foi imediatamente registrado na polícia. A 1ª Delegacia Territorial de Eunápolis assumiu as investigações e, neste momento, trabalha com base nas informações fornecidas pela família. Por enquanto, ainda não há pistas concretas. Qualquer informação que ajude a localizar Gustavo pode ser repassada anonimamente pelo número 181.
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Esse não é um caso isolado. A cidade vive dias de tensão. Recentemente, outro episódio de extrema violência chocou a população local.
Uma cidade abalada pela criminalidade: motorista sequestrado e morto
No dia 13 de maio, Weverton Antônio dos Santos, de 29 anos, que trabalhava como motorista de aplicativo e também como segurança em eventos, foi sequestrado, torturado e morto por criminosos supostamente ligados a uma facção. O crime foi registrado em vídeo pelos próprios agressores e enviado, de forma cruel, para contatos da vítima.
Até a manhã do dia 16, o corpo de Weverton ainda não havia sido encontrado. O veículo dele apareceu abandonado em uma estrada de terra no distrito de Pindorama, zona rural de Eunápolis. Em resposta à brutalidade do crime, cerca de 40 pessoas interditaram um trecho da BR-101 pedindo justiça e exigindo a localização do corpo.
O que isso revela?
Esses dois casos — o desaparecimento de Gustavo e o assassinato de Weverton — mostram como a segurança pública em Eunápolis tem sido colocada à prova. As famílias vivem o medo real de que sair de casa possa ser o último passo de alguém querido.
A situação exige mais do que investigações pontuais. É necessário reforço no policiamento, ações de inteligência, investimento em prevenção e, acima de tudo, respeito às vidas que se perdem e às famílias que sofrem.
O papel da comunidade e da informação
Compartilhar informações confiáveis é uma forma de apoio. Cada pessoa pode contribuir, seja denunciando de forma anônima, pressionando por respostas ou até mesmo exigindo políticas públicas mais eficazes. A dor dessas famílias não pode ser ignorada — ela é o reflexo de uma sociedade que precisa agir com mais empatia e mais responsabilidade coletiva.
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