O que o Novo Papa Robert Prevost pensa sobre os LGBTQIA+ na Igreja?

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Com a eleição de Robert Prevost como novo papa — agora Leão XIV — uma pergunta relevante volta a ganhar espaço dentro e fora da Igreja Católica: qual será a postura do pontífice em relação à comunidade LGBTQIA+?

Prevost, de 69 anos, é um religioso norte-americano com longa trajetória pastoral na América Latina e, mais recentemente, ocupava a chefia do Dicastério para os Bispos no Vaticano. Seu histórico revela um perfil que combina experiência de campo e sensibilidade social — dois aspectos fundamentais para entender como ele pode lidar com temas considerados delicados, como a presença e o papel de fiéis LGBTQIA+ dentro da Igreja.

Um olhar pastoral e inclusivo

Embora Prevost ainda não tenha feito declarações oficiais como papa sobre o tema, o caminho trilhado até aqui oferece pistas claras. Durante sua atuação no Peru e, posteriormente, no Dicastério para os Bispos, ele defendeu a necessidade de acolhimento pastoral, independentemente da orientação sexual das pessoas. Em diversas ocasiões, Prevost enfatizou que a missão da Igreja é aproximar e não excluir, valorizando o encontro pessoal e o diálogo respeitoso.

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Sua abordagem segue a linha do que o Papa Francisco vinha promovendo: acolher sem necessariamente modificar a doutrina. Ou seja, não há sinalização de mudanças imediatas na posição oficial da Igreja sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo ou a moral sexual católica, mas sim uma ênfase no respeito e na inclusão de pessoas LGBTQIA+ como membros plenos da comunidade de fé.

O que ele já defendeu até agora?

Em entrevistas e discursos anteriores, Prevost indicou que a Igreja precisa abrir espaços de escuta para todos, inclusive aqueles que historicamente se sentiram marginalizados. Ele defende que nenhuma pessoa deve ser afastada da experiência da fé e da vida comunitária por causa de sua orientação sexual. Na prática, isso significa um compromisso com pastorais de acolhimento, que já existem em várias dioceses pelo mundo, e um incentivo para que bispos e padres recebam essas pessoas sem discriminação.

Além disso, Prevost é visto como um defensor do diálogo intergeracional e intercultural, o que favorece um ambiente onde temas complexos, como a inclusão LGBTQIA+, podem ser discutidos com mais abertura e menos polarização.

O que esperar daqui para frente?

Embora não haja expectativa de mudanças na doutrina a curto prazo — especialmente em relação ao reconhecimento sacramental de uniões homoafetivas — a postura de Leão XIV indica que a porta do diálogo continuará aberta. Ele deverá manter a linha de Francisco: promover o respeito e evitar discursos ou atitudes que reforcem o preconceito.

Outro ponto importante é que, como papa, Prevost terá a oportunidade de nomear bispos e cardeais que compartilhem dessa visão mais pastoral e inclusiva, o que pode moldar o futuro da Igreja no médio e longo prazo.

Em resumo: o novo papa não promete revoluções imediatas, mas sinaliza uma continuidade no caminho do diálogo, da escuta e do acolhimento de fiéis LGBTQIA+ — sem abrir mão da doutrina, mas também sem fechar as portas para quem busca viver a fé de forma autêntica.

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