Crise na PCDF: 17 delegados afastados por problemas de saúde mental em um ano

A saúde mental dos policiais civis do Distrito Federal tem gerado preocupação. Em 2024, a Polícia Civil do DF (PCDF) registrou o afastamento de 17 delegados e 125 agentes por questões relacionadas à saúde mental. Esses números, consistentes com a média desde 2019, evidenciam a necessidade de medidas concretas para apoiar esses profissionais.

Por que tantos afastamentos?
Os motivos por trás desse cenário preocupante incluem jornadas exaustivas, déficit de pessoal, complexidade nas investigações e defasagem salarial. Esses fatores não apenas impactam a qualidade de vida dos policiais, mas também influenciam diretamente sua capacidade de atuação em um trabalho que já é altamente estressante.

A atuação da Policlínica da PCDF
A Policlínica da Polícia Civil é o principal órgão de suporte à saúde dos policiais, incluindo assistência psicológica. Quando um profissional é diagnosticado com transtornos mentais, ele pode ter o porte de arma corporativa suspenso, como medida de segurança. Em casos mais graves, há recomendação para que o policial entregue voluntariamente sua arma particular, com o item sendo recolhido até que ele esteja apto a retomar suas funções.

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Impactos recentes e casos alarmantes
A fragilidade mental dos policiais ficou evidente em episódios trágicos. Um caso marcante foi o do delegado Mikhail Rocha e Menezes, que sofreu um surto psicótico e feriu gravemente duas pessoas, incluindo sua esposa. Esses acontecimentos reforçam a urgência de ampliar o suporte psicológico e revisar os protocolos de avaliação.

O que dizem os representantes da categoria?
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, destacou que o adoecimento mental da tropa é reflexo de anos de desvalorização e pressão acumulada. Ele defende o aprimoramento dos protocolos de avaliação psicológica para proteger tanto a sociedade quanto os policiais. Já a presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil (Sindepo-DF), Cláudia Alcântara, apontou a sobrecarga de trabalho, a falta de efetivo e a constante desvalorização como fatores que agravam o problema.

Medidas da PCDF
Em resposta, a PCDF afirmou que adota diversas ações para amparar seus servidores, como programas de apoio psicológico, físico e espiritual coordenados pelo Departamento de Gestão de Pessoas. Além disso, a corporação possui protocolos específicos para lidar com incidentes críticos, oferecendo acompanhamento por profissionais especializados.

Reflexões e próximos passos
A saúde mental dos policiais civis precisa ser tratada como prioridade. É essencial aumentar o efetivo, investir em programas de bem-estar e atualizar os protocolos de avaliação psicológica. Afinal, cuidar da saúde dos profissionais que cuidam da segurança da sociedade é uma medida não apenas necessária, mas urgente.

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