Em um episódio que impressionou o mundo, uma equipe médica da cidade russa de Petropavlovsk-Kamchatsky demonstrou coragem e sangue frio ao continuar uma cirurgia enquanto um poderoso terremoto de magnitude 8,8 sacudia a região. O tremor ocorreu na noite de terça-feira (29), pelo horário de Brasília, e na manhã de quarta-feira (30), no horário local da Rússia;
Cirurgia em meio ao tremor
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a tensão dentro do centro cirúrgico. Mesmo com o abalo sísmico fazendo tremer o hospital, os profissionais seguraram o paciente com firmeza e mantiveram o foco no procedimento. Nenhum membro da equipe deixou a sala de cirurgia. A operação foi concluída com sucesso e o paciente está fora de risco.
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O ato heroico foi reconhecido publicamente. O ministro da Saúde regional, Oleg Melnikov, elogiou a equipe pela bravura:
“Apesar do perigo, os médicos mantiveram a calma e permaneceram com o paciente até o fim”, escreveu ele em suas redes sociais.
Veja o vídeo abaixo do tremor:
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Terremoto histórico
O abalo teve epicentro a cerca de 125 km da cidade, a uma profundidade de 19,3 km, e causou grande impacto na Península de Kamtchatka, no extremo leste russo. Por estar dentro do Círculo de Fogo do Pacífico — uma das regiões mais instáveis do planeta —, o local é frequentemente atingido por terremotos, mas esse foi um dos mais fortes desde 1952, segundo o Serviço Geológico dos EUA (USGS).
A magnitude de 8,8 coloca o tremor entre os mais severos já registrados. Para se ter ideia, abalos dessa intensidade têm potencial para gerar tsunamis, deslizamentos de terra e grandes destruições em áreas próximas ao epicentro.
Tsunami e evacuações
Logo após o terremoto, as autoridades russas emitiram alerta de tsunami. Ondas de até 4 metros de altura atingiram áreas costeiras da Península de Kamtchatka, forçando a retirada de moradores das regiões de maior risco. Feridos leves foram registrados, inclusive no aeroporto local.
Diante do perigo, o governo orientou a população a evitar as zonas litorâneas e manter-se informada pelos canais oficiais.
Impacto internacional
Os reflexos do terremoto ultrapassaram as fronteiras da Rússia. No Japão, toda a costa leste entrou em estado de alerta. Algumas áreas do norte do país registraram ondas de até 1 metro, e há expectativa de que novas ondas cheguem a 3 metros. O governo japonês iniciou a evacuação de regiões costeiras e interrompeu parte da malha ferroviária como medida preventiva.
No Havaí, o tsunami chegou durante a madrugada, e o impacto levou ao fechamento do comércio em Maui, cancelamento de voos e evacuação de áreas vulneráveis.
O alerta de tsunami também foi estendido a outros países do Pacífico, como Estados Unidos, México, Chile e Equador. Apesar do risco ser considerado menor nesses locais, o monitoramento segue em tempo real pelas autoridades geofísicas e de defesa civil.
Escalas modernas de medição
Vale lembrar que, hoje, a escala de Richter não é mais a principal referência para medir terremotos. Atualmente, os especialistas utilizam sistemas mais modernos que analisam dados de sismógrafos de alta precisão, permitindo medir não apenas a intensidade, mas também o impacto real do tremor na superfície terrestre.
Por que isso importa?
A situação vivida pelos médicos russos mostra, de forma prática, a importância do preparo profissional em momentos extremos. A atitude da equipe médica, mesmo diante de um fenômeno natural com alto potencial destrutivo, reforça a confiança na dedicação dos profissionais da saúde e na importância de estruturas treinadas para lidar com emergências.
Além disso, o terremoto serve como alerta para a necessidade de protocolos internacionais eficazes de resposta a desastres naturais, especialmente em áreas vulneráveis como as que integram o Círculo de Fogo do Pacífico.
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