Velório particular e refeições especiais: veja regalias dadas por ex-diretora em presídio de Eunápolis

As supostas irregularidades cometidas por Joneuma Silva Neres, ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, vão muito além do relacionamento que ela teria mantido com um dos líderes de facção custodiados na unidade. Detentos ouvidos no curso das investigações revelaram que, durante a gestão de Joneuma, foram liberadas regalias que passavam longe do padrão permitido em presídios, incluindo refeições especiais e até um velório particular dentro das dependências do presídio.

Segundo informações obtidas pela TV Bahia, que teve acesso à denúncia encaminhada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), havia registro de presos que recebiam pratos diferenciados, como moquecas de camarão, lasanhas e chesters. Houve ainda celebrações como a do Dia da Consciência Negra, quando detentos teriam recebido acarajés e participado de uma roda de capoeira.

Em um dos casos que chamaram atenção, um preso conseguiu velar o corpo da própria avó dentro da unidade, numa cerimônia reservada. Essas permissões, apontadas como excessos, constam na denúncia apresentada à Justiça em março deste ano, detalhando os supostos benefícios oferecidos por Joneuma no período em que comandou o presídio.

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Joneuma Silva Neres acabou presa em janeiro, acusada de facilitar a fuga de 16 presos em dezembro de 2024, entre eles Ednaldo Pereira de Souza, conhecido como “Dadá”, apontado como seu companheiro e líder de uma facção criminosa. Segundo o MP-BA, a fuga teria sido articulada por Joneuma, pelo ex-coordenador de segurança Wellington Oliveira Sousa e pelo próprio Dadá.

A ação criminosa buscava libertar Dadá e outros quinze detentos. Apenas um deles foi localizado pela polícia, mas acabou morto em confronto. Os demais seguem foragidos.

As regalias listadas no processo incluem:

  • Acesso irrestrito a freezers, sob autorização de Dadá;

  • Refeições especiais, com pratos sofisticados;

  • Permissão para uso de equipamentos de som e caixas acústicas;

  • Visitas íntimas liberadas dentro dos pavilhões;

  • Eventos comemorativos organizados dentro do presídio.

As investigações continuam em andamento para apurar todos os detalhes e identificar responsabilidades pela quebra de regras e pela fuga em massa registrada no fim do ano passado.

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