O casal João Vitor Gomes Lopes e Lúcia Valéria Alves é apontado pela Polícia Civil como chefes de uma organização criminosa que aplicava golpes pela internet em todo o Brasil. O grupo foi alvo da operação “Tio Patinhas”, na segunda-feira (21). Eles estão entre os cinco presos na ação.
A investigação identificou que o grupo anunciava produtos como relógios, joias, roupas e perfumes de marcas famosas na internet. Após o pagamento, as vítimas eram bloqueadas e nunca recebiam as encomendas. O foco principal do grupo eram as vendas no atacado para lojistas e microempreendedores de diversas regiões do Brasil.
A operação foi deflagrada através da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. Durante a ação, além das cinco prisões, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão.
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João Vitor e Lúcia foram localizados em um apartamento de alto padrão no bairro Kalilândia, cujo aluguel custava R$ 6 mil, e era onde funcionava o esquema.
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Quem são eles
João Vitor Gomes Lopes, de 23 anos, e sua companheira Lúcia Valéria Alves, de 28, são de Feira de Santana. Segundo informações da TV Subaé, afiliada da TV Bahia na região, o homem é suspeito de praticar crimes de estelionato desde os 17 anos. Os dois negam os crimes.
À polícia, a mulher afirmou que não tinha conhecimento das práticas e que a empresa era administrada somente pelo parceiro. João Vitor também negou a participação em crimes, e caracterizou a não entrega de produtos como “falhas eventuais”.
Após a prisão, Lúcia afirmou estar grávida, ainda assim os dois seguem presos. As outras três pessoas detidas na operação Tio Patinhas foram liberados mediante pagamento de uma fiança de R$ 5 mil cada e vão responder em liberdade.
João Vitor e Lúcia Valéria aguardam audiência de custódia e permanecem detidos no Complexo de Delegacias do Sobradinho. Eles responderão judicialmente por estelionato e associação criminosa.
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Quadrilha atuava por meio do Instagram, onde anunciava produtos como relógios, joias, roupas e perfumes — Foto: PC-BA
Segundo a polícia, o grupo fez centenas de vítimas desde 2021, em estados como Rio de Janeiro, Alagoas, Rio Grande do Norte, Sergipe, Pernambuco e em vários municípios da Bahia.
Apesar de operar a partir de Feira de Santana, o grupo não fez vítimas na cidade, o que dificultou a identificação.
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