Rogério Ceni diz que jogadores da base do Bahia ‘ainda não estão prontos’

O torcedor do Bahia que foi à Arena Fonte Nova nesta segunda-feira (21) viveu uma mistura de tensão e alívio. A equipe só conseguiu garantir o primeiro triunfo no Brasileirão nos acréscimos, após muito sufoco. Quem acompanhou a partida também viu mais uma vez os jovens da base ganhando espaço no time principal — uma decisão que, segundo o técnico Rogério Ceni, tem sido mais por necessidade do que por planejamento.

Com vários jogadores lesionados, Ceni tem recorrido aos meninos da formação do clube. Contra o Cruzeiro, por exemplo, Fredi Lipert foi o escolhido para formar a dupla de zaga com o argentino Ramos Mingo. Já diante do Ceará, outros garotos como Ruan Pablo e Tiago foram acionados durante a partida. Tiago, inclusive, sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória, marcado por Everton Ribeiro.

Mesmo com essas participações importantes, o técnico foi sincero ao avaliar a maturidade dos atletas da base:

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“Se eu tivesse Kanu e Gabriel Xavier à disposição, eles jogariam. O Fredi entrou porque os outros estão fora. Mas ele tem muito potencial. Com tempo e trabalho, pode virar titular, como foi o caso do Beraldo no São Paulo”, explicou Ceni.

O treinador deixou claro que acredita no potencial dos jovens, mas ainda os considera em fase de formação. Ele citou o caso de Ruan Pablo, de apenas 16 anos, como exemplo:

“Não vou ser hipócrita. Ele ainda não enfrentou muitos jogos de alto nível nem na base. É natural que ainda não esteja pronto. Quem está pronto com 16 ou 17 anos? Talvez só o Estevão. O resto precisa de tempo e minutos”, disse o técnico.

Ceni reconhece que, embora os garotos estejam ganhando espaço por conta das lesões, esse não é o cenário ideal para lançá-los ao profissional.

“Hoje usamos mais a base por necessidade. Mas é assim que também se forma o futuro do clube. Jogadores como Jampa, Ruan Pablo e Del, que estão indo para a Seleção de base, vão evoluindo ao jogar em alto nível. No futuro, sim, mas hoje acho que não estão prontos”, reforçou.

Mesmo com as dificuldades, o Bahia aposta num projeto de longo prazo para integrar cada vez mais os talentos formados em casa. A meta é dar minutos de jogo, de forma planejada e consistente, até que eles estejam realmente prontos para assumir responsabilidades maiores.

“A ideia é que um jogador como o Fredi possa atuar 300, 400, 600 minutos por ano. É assim que temos retorno do investimento. Revelar jogadores faz parte do projeto do clube. No futuro, teremos muitos jovens jogando com frequência. Hoje, ainda não dá pra sustentar isso como base do time titular”, completou o comandante tricolor.

Com a janela de transferências fechada até julho, Rogério Ceni precisa trabalhar com o que tem. O desafio é encontrar o equilíbrio entre desempenho e desenvolvimento. E a missão continua: nesta quinta-feira (24), o Bahia volta a campo pela Copa Libertadores. O adversário é o Atlético Nacional, da Colômbia, e o jogo será na Arena Fonte Nova, às 21h.

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