O Ba-Vi 500, considerado um clássico histórico, deixou um sabor amargo para muitos, principalmente para o técnico Rogério Ceni. Após o empate sem gols, o comandante tricolor não poupou críticas à arbitragem e ao Campeonato Baiano em si, mas reconheceu a boa performance de sua equipe, que controlou o jogo em diversos momentos.
Apesar do empate, o Bahia segue na terceira posição da tabela do Baianão, com nove pontos, enquanto o Vitória se mantém na liderança com 12 pontos. A sensação de que o Bahia poderia ter saído vitorioso era forte, já que uma simples vitória o colocaria na liderança do campeonato. Ceni destacou que sua equipe teve boas oportunidades, mas não conseguiu aproveitar as chances criadas.
O técnico também reconheceu o desgaste dos jogadores devido ao calendário apertado, especialmente dos atletas que atuaram na partida anterior contra o Jequié, e criticou as condições do campo. “Gramado ruim e o cansaço de um jogo importante fora de casa afetaram o desempenho”, afirmou Ceni. No entanto, ele manteve a confiança na equipe, que, segundo ele, merecia a vitória.
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O ponto central da indignação de Ceni foi a arbitragem, especialmente por um lance polêmico envolvendo o atacante Ademir, que, após receber um passe, saiu em direção ao gol, mas teve a jogada interrompida pelo árbitro. Ceni não poupou críticas: “Arbitragem um pouco infeliz, não entendo até agora. Ele parou o jogo no meio de uma jogada clara, e ainda por cima, o rádio deles não funcionava.”
O técnico também foi firme em suas críticas ao Campeonato Baiano como um todo. Ele questionou as condições de infraestrutura dos campos e o fato de que os clubes grandes, como o Bahia e o Vitória, acabam se afastando da competição. “Ninguém quer jogar o Baiano. Os campos no interior não têm qualidade, e até aqui, onde deveria ser melhor, encontramos dificuldades que precisam ser resolvidas”, disse Ceni.
Para o treinador, a solução seria investir na melhoria das condições de jogo, como em campos de qualidade e até na introdução do VAR, para trazer mais profissionalismo à competição. Ele também mencionou a necessidade de aprimorar a comunicação entre os árbitros e a organização dos jogos. “Precisamos de mais investimento. Ninguém quer jogar o Campeonato Baiano com as condições atuais. Só os clássicos têm apelo, mas o campeonato precisa ser mais valorizado.”
Rogério Ceni fez um apelo para que a competição estadual evoluísse, com mais investimentos e melhorias, tanto na estrutura quanto no nível técnico e de arbitragem, para que o Baianão seja mais atrativo e relevante para os clubes e seus torcedores.
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