Um crime violento interrompeu a rotina da Vila Ruy Barbosa, na Cidade Baixa, em Salvador, na noite desta segunda-feira. Além de Leonardo Lucas Barreto Serpa, de 23 anos, conhecido como Léo, vocalista da banda de pagodão Oh Original, um casal também foi morto durante um tiroteio na Rua Resende Costa, por volta das 20h45. As vítimas foram identificadas como Anderson de Oliveira Souza, de 29 anos, e Leonarda Bárbara Gomes dos Santos, de 27.
De acordo com informações apuradas no local, tanto o casal quanto Léo eram moradores antigos da região. Nas redes sociais, Leonarda costumava publicar fotos e vídeos mostrando o dia a dia no bairro e passeios por outros pontos da capital, mas chamava atenção o fato de sempre ocultar o rosto de Anderson com figuras digitais nas imagens.
A motivação para o ataque segue um mistério. Segundo fontes da polícia, foram recolhidas cápsulas de projéteis espalhadas pelo chão, evidenciando a intensidade dos disparos. Após o tiroteio, agentes da 17ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) chegaram ao local e confirmaram o crime. Eles encontraram diversas marcas de bala em paredes e até em um carro estacionado próximo à cena do crime, que fica perto da Avenida dos Andrades.
Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: 👉 Quero Participar 🔔
Moradores, em um ato de desespero e solidariedade, ainda tentaram socorrer Léo, Anderson e Leonarda. Eles foram levados por vizinhos para receber atendimento, mas, infelizmente, não resistiram aos ferimentos.
O caso abalou a comunidade. Léo, além de ser natural da Vila Ruy Barbosa, já tinha conquistado espaço em Salvador se apresentando em bares, casas de show e eventos, principalmente na Cidade Baixa. Era descrito pelos vizinhos como um jovem carismático e sonhador, que vinha lutando para crescer na carreira musical. Muitos moradores ficaram consternados com o modo brutal como a vida do cantor foi interrompida.
Já o casal, Anderson e Leonarda, apesar de não serem tão conhecidos fora do círculo do bairro, também tinha laços fortes com a comunidade local. Amigos próximos lamentaram o assassinato e se mostraram perplexos com a violência que atingiu o trio.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi acionado logo após a confirmação das mortes. Peritos estiveram no local para recolher evidências que possam ajudar a elucidar o crime. Guias para exames foram expedidas, e a Polícia Civil ficará responsável pelas investigações.
Este caso expõe, mais uma vez, o quanto a violência armada ainda marca presença em bairros populares de Salvador, deixando famílias devastadas e comunidades inteiras em luto. Enquanto isso, amigos e parentes aguardam respostas e esperam que a polícia identifique rapidamente os responsáveis por mais essa tragédia.
Compartilhe