Queda de temperaturas força reabertura de abrigo emergencial em São Paulo

Queda de Temperaturas Força Reabertura de Abrigo Emergencial em São Paulo

Queda de temperaturas força reabertura de abrigo emergencial em São Paulo

O Governo de São Paulo reabrirá o abrigo emergencial para pessoas em situação de rua nas noites dos dias 13, 14 e 15 de julho. O serviço será oferecido na Estação Pedro II, da Linha 3 – Vermelha do Metrô, e tem como objetivo oferecer acolhimento e proteção durante os dias de baixas temperaturas.

As temperaturas devem cair drasticamente a partir da noite de quinta-feira (8), afetando uma faixa que se estende do Acre até o litoral das regiões Sul e Sudeste. A Defesa Civil de São Paulo emitiu um alerta para o risco de hipotermia, especialmente para pessoas em situação de rua, crianças e idosos.

A baixa umidade do ar aumenta a probabilidade de doenças respiratórias, como gripe, resfriado, pneumonia e meningite. A Defesa Civil recomenda medidas preventivas, como usar roupas quentes, evitar locais fechados e com grande circulação de pessoas, e manter a higienização das mãos frequente.

O local pode acomodar até 100 pessoas diariamente, das 19h às 8h do dia seguinte. Está equipado com camas de campanha, colchões, cobertores e roupas de frio, todos fornecidos pela Campanha do Agasalho do Fundo Social de São Paulo. Recentemente, o espaço recebeu uma revitalização, incluindo uma nova pintura realizada pelo Metrô. Além disso, banheiros químicos foram instalados para o uso dos abrigados.

Na Região Metropolitana de São Paulo, a temperatura mínima prevista para a madrugada é de 6° C.

De acordo com o Inmet, a queda de temperatura é causada por uma massa de ar frio que está atuando no país desde quarta-feira (7), afetando inicialmente os estados da Região Sul. Na quinta-feira, o frio chega ao Mato Grosso do Sul, sul/sudoeste do Mato Grosso e sul e sudeste de São Paulo. Na sexta-feira (9), o sistema se estenderá ao centro-oeste e sul do Mato Grosso, Rondônia, sul de Goiás, demais áreas de São Paulo, centro-sul do Rio de Janeiro e Triângulo Mineiro.

No sábado (10), o frio alcança Goiás, noroeste, sul, oeste, e a Zona da Mata de Minas Gerais, além das demais áreas do Rio de Janeiro, e avança sobre a Região Norte, onde é conhecido como Friagem, impactando as temperaturas no Acre, sul do Amazonas e sudoeste do Pará. No domingo (11), a massa de ar frio, embora enfraquecida, ainda provocará quedas de temperatura no centro e norte de Goiás, Distrito Federal, centro de Minas Gerais e centro-sul do Espírito Santo.

No final de domingo, uma nova massa de ar frio reforçará as baixas temperaturas no Sul do país, mantendo o frio até pelo menos quarta-feira (14), com o auge do frio e geadas intensas previsto para terça-feira (13). A formação de geadas será generalizada na Região Sul, mas também ocorrerá em áreas mais restritas do Centro-Oeste e Sudeste.

Além disso, ventos fortes de até 60 km/h estão previstos para parte do litoral. Avisos de ressaca e ventos fortes foram emitidos pela Marinha desde quarta-feira, afetando a costa de Rio Grande (RS) até o litoral do Pará, ao norte de Belém.

No sábado, as Defesas Civis de São Paulo e Paraná realizarão testes do sistema Defesa Civil Alerta. Essa ferramenta será testada em 11 cidades-piloto, incluindo Roca Sales (RS), Muçum (RS), Blumenau (SC), Gaspar (SC), Morretes (PR), União da Vitória (PR), São Sebastião (SP), Cachoeiro do Itapemirim (ES), Indianópolis (MG), Petrópolis (RJ) e Angra dos Reis (RJ).

Em São Sebastião, o teste será realizado no bairro Vila Sahy, onde o excesso de chuvas causou mais de 50 mortes durante o carnaval de 2023.

O sistema, conhecido como Cellbroadcast, emite um sinal sonoro e trava a tela dos aparelhos conectados às antenas 4G e 5G nas áreas de risco, e deve ser usado em situações de alerta de desastre. A tecnologia pode transmitir informações sobre locais de evacuação e pontos seguros. O teste, detalhado pelo Ministério da Integração Nacional na quarta-feira, terá uma duração de 30 dias, após os quais o sistema será expandido para áreas de risco mapeadas pela Defesa Civil em todo o país.

Abrigos temporários durante períodos de frio intenso desempenham um papel crucial na proteção de populações vulneráveis, especialmente pessoas em situação de rua. A importância desses abrigos pode ser destacada em vários aspectos:

Prevenção de Hipotermia e Morte: Abrigos temporários oferecem um ambiente seguro e aquecido, protegendo os indivíduos da exposição prolongada ao frio, o que pode causar hipotermia e, em casos extremos, levar à morte.

Redução de Problemas de Saúde: As baixas temperaturas, aliadas à baixa umidade do ar, aumentam o risco de doenças respiratórias, como pneumonia e bronquite. Ao proporcionar um espaço aquecido e livre de correntes de ar, os abrigos ajudam a minimizar esses riscos.

Segurança e Dignidade: Além da proteção física, os abrigos temporários oferecem um ambiente seguro onde as pessoas podem se proteger de crimes, como assaltos e agressões, comuns entre as populações que vivem nas ruas. Esse tipo de acolhimento contribui para preservar a dignidade dos indivíduos.

Assistência Social e Conexão com Serviços Públicos: Abrigos temporários muitas vezes servem como pontos de contato entre a população em situação de rua e os serviços sociais, de saúde e assistência pública. Isso pode incluir acesso a alimentação, roupas, atendimento médico e até apoio psicológico, facilitando a conexão com programas de reintegração social.

Proteção de Animais de Estimação: Muitos abrigos temporários também permitem a entrada de animais de estimação, reconhecendo a importância desses companheiros para pessoas em situação de rua. Isso incentiva mais pessoas a procurarem abrigo, sem a preocupação de abandonar seus animais.

Prevenção de Sobrecarga em Serviços de Emergência: Ao oferecer um local seguro e adequado para a população vulnerável, os abrigos temporários ajudam a reduzir a demanda por serviços de emergência, como hospitais e serviços de ambulância, que muitas vezes são sobrecarregados durante períodos de frio extremo.

    A existência e a disponibilidade de abrigos temporários são fundamentais para garantir a sobrevivência e o bem-estar de muitas pessoas durante os meses mais frios do ano.

    Fonte: Agência Brasil

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