Quatro pessoas são presas pela execução de motorista do Samu na Bahia

Quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (5) suspeitas de participação no assassinato de Weider da Silva Nascimento, motorista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), executado em julho deste ano na Aldeia Pataxó Juerana, em Porto Seguro, no sul da Bahia. O crime, que chocou moradores e colegas de trabalho, aconteceu quando Weider visitava familiares e foi surpreendido por homens armados dentro da residência.

De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos foram localizados em diferentes cidades. Um homem de 31 anos e uma mulher de 21 foram presos em Salvador, nos bairros Jardim das Margaridas e IAPI. Outros dois homens, de 30 e 24 anos, foram detidos em Porto Seguro, nos bairros Cambolo e Mundaí.

Durante as buscas, os agentes apreenderam celulares, porções de drogas e um veículo que, segundo as investigações, era usado pelo grupo em atividades criminosas. A operação, batizada de Código Vermelho, faz parte da Operação Narke 5, coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi/Senasp/MJSP), e contou com a atuação conjunta de unidades da Polícia Civil especializadas em combate ao tráfico de drogas.

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Organização criminosa sob investigação

As investigações apontam que os detidos integravam uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, com ramificações em Salvador e na região sul da Bahia. De acordo com a polícia, cada integrante exercia uma função específica dentro da estrutura do grupo — alguns eram responsáveis pela logística e distribuição de entorpecentes, enquanto outros atuavam diretamente na execução de crimes violentos.

Os investigadores acreditam que o homicídio de Weider esteja ligado às atividades ilícitas da facção. No entanto, as autoridades não descartam outras motivações. “As diligências continuam para identificar todos os envolvidos e esclarecer o contexto da execução”, afirmou um dos delegados que participa do caso.

O crime que abalou Porto Seguro

Weider da Silva Nascimento foi morto com vários disparos de arma de fogo dentro de uma casa na aldeia indígena Pataxó Juerana. Segundo testemunhas, os agressores exigiram dinheiro antes de agredir e retirar a vítima do imóvel. Pouco depois, ele foi executado do lado de fora.

Conhecido pelos colegas como “Big Samuzinho”, Weider trabalhava como motorista do Samu e já havia prestado serviço ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Porto Seguro. A notícia de sua morte gerou comoção entre servidores e moradores da cidade, que lembraram dele como um profissional dedicado e sempre disposto a ajudar.

Operação Código Vermelho

A prisão dos suspeitos foi resultado de uma ampla mobilização policial que envolveu diversas unidades da Bahia. A Operação Código Vermelho foi conduzida por equipes do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da 10ª Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) de Porto Seguro, da 1ª Delegacia Territorial e da Delegacia Territorial de Santa Cruz Cabrália, com apoio da Coordenação de Apoio Técnico e Tático à Investigação (CATTI) da região do Descobrimento.

Os quatro suspeitos foram encaminhados para unidades policiais onde permanecem à disposição da Justiça. Os materiais apreendidos passarão por perícia técnica, e a polícia pretende aprofundar as investigações para determinar o papel de cada um na execução do motorista.

Avanços no combate ao crime

A ação faz parte de um esforço mais amplo das forças de segurança para enfraquecer organizações criminosas que atuam em diversas regiões da Bahia. Segundo fontes da investigação, a integração entre as polícias tem sido fundamental para desarticular facções que combinam tráfico de drogas, homicídios e lavagem de dinheiro.

As autoridades destacam que operações desse tipo também ajudam a reduzir os índices de violência e reforçar a sensação de segurança nas comunidades afetadas. “Trata-se de um trabalho contínuo, que exige planejamento, inteligência e cooperação entre diferentes órgãos”, afirmou um dos coordenadores da operação.

A polícia segue ouvindo testemunhas e analisando informações colhidas durante as prisões. Novas diligências deverão ocorrer nos próximos dias para localizar outros possíveis envolvidos e esclarecer por completo as circunstâncias do assassinato.

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