Polícia é acionada após funcionários encontrarem jiboia dentro de pacote em transportadora de Cuiabá; veja vídeo

Uma jiboia viva foi encontrada dentro de uma caixa por funcionários de uma transportadora em Cuiabá, na última segunda-feira (7). O pacote, aparentemente comum, tinha como destino final a cidade de Belo Horizonte (MG) e não apresentava qualquer documentação que justificasse o transporte do animal. O flagrante chamou a atenção não apenas pela situação inusitada, mas pelo alerta que acende sobre o tráfico de fauna silvestre no país.

Ao perceberem a presença do réptil, os colaboradores interromperam imediatamente o envio e acionaram a Polícia Militar. A equipe da PM, ao chegar ao local, constatou sinais evidentes de crime ambiental. Um boletim de ocorrência foi registrado, e as investigações foram iniciadas com o objetivo de identificar os responsáveis pelo envio.

A jiboia foi recolhida pelo Batalhão de Polícia Militar Ambiental e levada ao recinto de triagem de animais silvestres, onde está sob avaliação de especialistas. Embora não seja uma espécie ameaçada de extinção, a jiboia está protegida por legislação específica e não pode ser comercializada ou transportada sem autorização expressa dos órgãos ambientais.

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Tráfico de animais: crime ambiental com graves consequências

A legislação brasileira é clara: transportar ou comercializar animais silvestres sem permissão é crime. A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) prevê pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa, para quem for flagrado praticando esse tipo de infração. Caso o crime envolva espécies raras, ameaçadas ou seja cometido em áreas de proteção, a pena pode ser agravada.

De acordo com estimativas do IBAMA, o tráfico de animais silvestres movimenta cerca de R$ 3 bilhões por ano no Brasil. Ainda segundo o órgão, apenas 10% dos animais sobrevivem ao transporte ilegal, que geralmente é feito de forma precária e cruel.

Cuiabá: rota estratégica do tráfico de fauna

O caso revela um cenário preocupante. Por estar situada entre três dos principais biomas do país — Amazônia, Cerrado e Pantanal —, Cuiabá tem se tornado uma rota cada vez mais frequente para o tráfico de espécies silvestres. Traficantes aproveitam a biodiversidade da região para capturar animais e enviá-los, muitas vezes por transportadoras comuns, para outros estados ou até mesmo para o exterior.

Além do risco para os animais, essa prática ilegal compromete o equilíbrio ecológico e ameaça diretamente a biodiversidade brasileira.

O que a lei diz? Confira as respostas para as dúvidas mais comuns:

  • É crime enviar uma jiboia pelo correio?
    Sim. Transportar animal silvestre sem autorização configura crime ambiental.

  • Pode mandar animal em encomenda comum?
    Não. A legislação proíbe o envio de qualquer animal vivo sem licença prévia de órgãos ambientais.

  • Qual é a pena para o tráfico de animais silvestres?
    Até 1 ano de prisão e multa. A punição pode ser maior em casos que envolvam espécies ameaçadas ou áreas de preservação.

Casos como este reforçam a necessidade de fiscalização constante, conscientização da população e punição efetiva para quem lucra com o desequilíbrio ambiental.

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