O fim de ano de 2025 reserva uma mudança importante no bolso de milhões de brasileiros. Por causa de uma coincidência no calendário, a segunda parcela do 13º salário terá que ser paga antes do prazo tradicional, alterando o momento em que o dinheiro entra na conta.
A antecipação não muda o valor nem os direitos garantidos por lei, mas interfere diretamente no planejamento financeiro de trabalhadores, aposentados e pensionistas. Em um mês marcado por gastos extras, receber alguns dias antes pode fazer diferença — tanto positiva quanto negativa.
Com dezembro tradicionalmente apertado, entender o novo cronograma ajuda a organizar contas, ajustar prioridades e evitar decisões por impulso.
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Por que a segunda parcela do 13º será antecipada
A legislação trabalhista determina que a segunda parcela do 13º salário deve ser paga até o dia 20 de dezembro. No entanto, quando essa data cai em um fim de semana, o depósito precisa ser feito no último dia útil anterior.
Em 2025, o dia 20 de dezembro será um sábado. Com isso, as empresas ficam obrigadas a antecipar o pagamento para sexta-feira, 19 de dezembro.
Essa regra vale tanto para trabalhadores da iniciativa privada quanto para servidores públicos, além de aposentados e pensionistas que recebem o benefício em dezembro.
E a primeira parcela, o que aconteceu
A primeira parcela do 13º segue uma lógica semelhante. O prazo legal é até 30 de novembro, mas em 2025 a data cai em um domingo.
Por esse motivo, o pagamento precisou ser antecipado para a sexta-feira anterior, mantendo o crédito ainda dentro do mês de novembro. Assim, o cronograma do 13º acabou sendo ajustado nas duas pontas.
Como funciona o valor da segunda parcela
A primeira parcela corresponde a 50% do salário bruto do trabalhador. Nela entram adicionais como horas extras, comissões e adicionais noturno, de periculosidade ou insalubridade. Nesse pagamento, não há descontos de INSS nem de Imposto de Renda.
Já na segunda parcela, os descontos são aplicados de uma única vez. É nesse momento que incidem as alíquotas progressivas do INSS, que variam entre 7,5% e 14%, conforme a faixa salarial. Quando aplicável, o Imposto de Renda também reduz o valor final.
Por isso, é comum que a segunda parcela seja menor do que a primeira.
Quem tem direito ao 13º salário
O 13º salário é garantido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a quem exerceu atividade remunerada ao longo do ano, considerando ao menos 15 dias trabalhados em cada mês.
Têm direito ao benefício:
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Trabalhadores com carteira assinada, do setor privado ou público
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Servidores públicos
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Aposentados e pensionistas do INSS
Não recebem 13º salário:
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Trabalhadores autônomos
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Estagiários
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Profissionais contratados como pessoa jurídica
Em caso de demissão sem justa causa, o trabalhador recebe o valor proporcional até a data da rescisão.
Como calcular o 13º salário passo a passo
Para entender quanto vai cair na conta, o cálculo é simples:
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Considere o salário bruto mensal, sem descontos
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Multiplique pelo número de meses trabalhados no ano
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Divida o total por 12 para chegar ao valor bruto do 13º
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A primeira parcela corresponde à metade desse valor
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A segunda parcela é a outra metade, com desconto de INSS e, se aplicável, Imposto de Renda
Antecipação exige atenção ao orçamento
Receber o 13º antes do previsto pode ajudar a quitar dívidas, antecipar compras ou aliviar despesas do fim do ano. Por outro lado, também exige cautela para não comprometer o orçamento antes das festas.
Com o calendário ajustado, a recomendação é simples: revisar contas, planejar gastos e usar a antecipação a favor do equilíbrio financeiro.
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