Pichação com sigla de facção criminosa aparece no Largo da Dinha, em Salvador, e preocupa moradore

Um dos pontos mais movimentados e conhecidos do bairro do Rio Vermelho, em Salvador, o Largo de Santana — popularmente chamado de Largo da Dinha, por causa da famosa barraca de acarajé — amanheceu nesta terça-feira (29) com uma marca que chamou atenção: a sigla “CV”, que representa o grupo criminoso Comando Vermelho, apareceu pichada em uma das placas de publicidade próximas aos bares da região.

A pichação levantou o alerta entre frequentadores e comerciantes, já que essa sigla costuma ser usada para indicar a atuação de membros da facção em determinadas áreas. De acordo com uma fonte da área policial ouvida pela reportagem, a marca é recente e parece ter sido feita durante a madrugada, entre a noite de segunda e a manhã de terça.

Tentativa de intimidação, não de domínio territorial, aponta polícia

Apesar do susto, a polícia afirma que a presença da sigla não significa que o grupo tenha tomado o controle da área. Segundo a fonte policial, trata-se provavelmente de um ato isolado. “É possível que algum traficante da facção esteja atuando por ali, talvez vendendo droga, e tenha feito isso para tentar intimidar ou marcar território. Mas a facção não tem domínio sobre o local”, explicou.

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O policial ainda destacou que ações como essa são rapidamente combatidas pelas forças de segurança. “A marca será removida. Não vamos permitir que esse tipo de sinal se espalhe por áreas públicas, especialmente em pontos turísticos”, completou.

Fator geográfico pode ter motivado ação

A tentativa de marcar presença pode estar relacionada à proximidade entre o Rio Vermelho e o Nordeste de Amaralina, área onde o Comando Vermelho já tem histórico de atuação. Essa vizinhança geográfica favorece o trânsito de pessoas ligadas à facção, o que pode ter estimulado esse tipo de ação no Largo da Dinha.

Crime brutal ocorreu horas antes no mesmo local

Horas antes de a pichação ser notada, um crime violento aconteceu no mesmo Largo: um homem ainda não identificado foi morto com golpes de garrafa, atingido na cabeça e no pescoço. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil da Bahia, que trabalha para identificar o autor do homicídio e entender o que motivou o ataque.

A coincidência entre o crime e a pichação chamou atenção, mas a polícia ainda não confirma ligação direta entre os dois episódios.

Ponto turístico e histórico precisa de atenção constante

O Largo da Dinha é mais do que um local de lazer: é um símbolo da cultura baiana e da culinária afro-brasileira. Frequentado tanto por moradores quanto por turistas, o espaço merece atenção especial das autoridades para que continue sendo um ambiente seguro e acolhedor.

Pichações com referência a grupos criminosos não devem ser ignoradas, mesmo quando isoladas. Elas funcionam como tentativa de intimidação e, se não forem combatidas com rapidez, podem dar a falsa sensação de que o local está sob influência do crime organizado.

A resposta das forças de segurança — tanto pela remoção imediata da marca quanto pela investigação do homicídio ocorrido nas redondezas — será fundamental para manter a tranquilidade e a confiança da população que frequenta a região.

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