Um grave acidente marcou a manhã desta terça-feira (6) na zona sul de São Paulo. Por volta das 8h, um passageiro — ainda não identificado — perdeu a vida após ficar preso entre o trem e a porta da plataforma na estação Campo Limpo, da linha 5-Lilás. A informação foi confirmada pela ViaMobilidade, empresa que administra o ramal.
Logo depois do ocorrido, o clima na estação ficou tenso. Testemunhas relataram gritos e correria entre os passageiros que presenciaram a cena. Como era de se esperar, o funcionamento dos trens ficou mais lento ao longo da manhã, afetando quem dependia da linha para seguir viagem.
A ViaMobilidade disse que está colaborando com as autoridades e que as circunstâncias do acidente estão sendo investigadas. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia do Metropolitano (Delpom), responsável por ocorrências no sistema ferroviário.
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Mas para entender o peso desse caso, é importante olhar o histórico da empresa. Desde março de 2023, a ViaMobilidade já somava seis descarrilamentos e uma colisão de trem na linha 8-Diamante, na estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo. Isso levantou várias discussões sobre a segurança dos passageiros e a qualidade do serviço prestado.
Não por acaso, em 2023, a empresa firmou um acordo de R$ 786 milhões com o Ministério Público de São Paulo. Esse valor foi estabelecido para evitar um processo judicial por causa das falhas recorrentes nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Em troca, a concessionária se comprometeu a construir escolas e melhorar as condições das estações que administra.
Agora, com essa nova tragédia na linha 5-Lilás, cresce novamente a pressão sobre a ViaMobilidade — e as perguntas que pairam no ar são diretas: quais medidas concretas estão sendo tomadas para evitar novos acidentes? A manutenção e os sistemas de segurança estão realmente funcionando como deveriam?
É importante lembrar que as portas de plataforma — também chamadas de PSD (Portas de Plataforma) — foram projetadas justamente para aumentar a segurança, impedindo que passageiros caiam ou se aproximem da linha férrea. Quando um acidente grave como esse acontece, o funcionamento desse sistema precisa ser revisado com rigor.
Este caso escancara algo maior: a segurança no transporte público não é um detalhe. Ela precisa ser prioridade absoluta — e a transparência sobre falhas e melhorias é um direito de todos que usam o serviço diariamente.
Dicas de segurança para quem usa metrô e trem: o que você precisa saber
Se você utiliza o metrô ou os trens no dia a dia, algumas atitudes simples podem reduzir riscos e te manter mais seguro. Veja essas orientações práticas:
1. Fique sempre atrás da faixa amarela
A faixa amarela existe para te manter afastado da beirada da plataforma. Mesmo quando o trem estiver parado, mantenha uma distância segura das portas e do trilho.
2. Não tente embarcar ou desembarcar quando as portas estiverem fechando
Muita gente tenta entrar ou sair correndo no último segundo. Isso aumenta o risco de ficar preso na porta ou de sofrer uma queda. Espere o próximo trem, a frequência costuma ser alta.
3. Evite distrações próximas à plataforma
Celular, fone de ouvido ou leitura podem te distrair e te aproximar perigosamente da borda. Esteja atento ao ambiente, principalmente quando o trem estiver chegando.
4. Sinalize problemas ou falhas imediatamente
Se perceber portas com mau funcionamento ou comportamentos perigosos de outros passageiros, avise os funcionários da estação ou use os canais de emergência disponíveis.
5. Em caso de acidente ou emergência, não corra
Siga as orientações da equipe de segurança. Correr pode causar mais acidentes e dificultar o socorro.
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