Passageiro é impedido de viajar de avião por 10 anos por causa do seu nome

Um erro administrativo cometido pela companhia aérea britânica easyJet transformou a experiência de viagem do jovem Kieran Harris, de 21 anos, em um episódio de constrangimento, insegurança e indignação. Sem qualquer antecedente criminal, Harris foi surpreendido com a informação de que estava proibido de voar com a empresa até 2031 — uma medida extrema que, posteriormente, revelou-se injusta e baseada apenas em uma coincidência de dados.

O motivo do bloqueio? Seu nome e data de nascimento coincidem exatamente com os de um outro homem, este sim responsável por um grave incidente a bordo de um voo da mesma companhia em 2021. A partir dessa similaridade, o sistema da easyJet emitiu automaticamente uma punição de dez anos, sem qualquer verificação documental mais aprofundada.

Falha na verificação gera efeito dominó

A decisão da empresa teve desdobramentos sérios. Além de impedir a viagem planejada por Harris, a situação desencadeou a visita inesperada da polícia à casa do jovem, que foi abordado como se fosse o verdadeiro autor do distúrbio aéreo. A ação policial, baseada em dados repassados pela companhia, ocorreu sem que as autoridades confirmassem previamente a identidade correta do passageiro.

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Somente após o envio de cópia do passaporte à empresa foi possível comprovar o equívoco. A partir daí, o bloqueio foi retirado e Harris teve a permissão para embarcar restabelecida — mas já sob tensão e incerteza, com o risco real de perder a viagem.

Um erro que ultrapassa o constrangimento

Apesar da solução do problema, Harris não recebeu nenhum pedido formal de desculpas ou compensação financeira. Ele relata que o tratamento da easyJet foi frio e protocolar, sem qualquer gesto de reparação pelo transtorno causado. Para ele, ficou claro que a empresa priorizou seus sistemas e processos automatizados em detrimento da dignidade e da experiência do passageiro.

O caso também expôs a fragilidade de sistemas de segurança que dependem unicamente de dados básicos como nome e data de nascimento. A falta de camadas adicionais de verificação, como checagem de documentos ou histórico de viagem, pode provocar situações gravíssimas de injustiça, como a vivida por Harris — uma realidade que ganha ainda mais importância em tempos de automação crescente no setor aéreo.

Jovem considera mudança de nome

O episódio foi tão marcante que o jovem passou a cogitar uma mudança legal de nome, temendo que esse tipo de confusão possa se repetir em outras viagens ou cadastros oficiais. A ideia de que sua identidade pode estar vinculada, ainda que erroneamente, a um comportamento violento, passou a ser uma fonte de preocupação constante.

Kieran Harris também declarou que pretende evitar voos com a easyJet no futuro. Para ele, a quebra de confiança foi profunda e o episódio revelou que, mesmo diante de falhas graves, a empresa se mostra despreparada para lidar com os efeitos humanos de seus próprios erros.

Reflexão necessária sobre responsabilidade digital

O caso levanta um debate urgente sobre a responsabilidade das companhias aéreas no uso de dados e automações. Em um setor onde a segurança e a confiança são essenciais, decisões equivocadas como essa não apenas comprometem a reputação da empresa, mas colocam em risco direitos fundamentais dos passageiros.

A experiência de Harris serve como alerta: quando sistemas substituem o olhar humano sem os devidos filtros, o risco de punir inocentes se torna real — e inaceitável.

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