Onze colhedores de café são resgatados em situação de trabalho escravo na Bahia

Condições precárias no alojamento foram constatadas durante a fiscalização do MPT — Foto: Divulgação/MPT Condições precárias no alojamento foram constatadas durante a fiscalização do MPT — Foto: Divulgação/MPT

Onze trabalhadores rurais que atuavam na colheita de café em uma fazenda na zona rural de Ituaçu, sudoeste da Bahia, foram resgatados em condições análogas à escravidão na sexta-feira (19).

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a situação dos trabalhadores era precária em vários aspectos:

Falta de Registro em Carteira: Os trabalhadores não tinham seu vínculo formalizado, o que implica na ausência de direitos trabalhistas garantidos por lei, como férias, 13º salário e seguro-desemprego.

Participe do nosso grupo de notícias no WhatsApp: Quero Participar

Alojamento Inadequado: Os trabalhadores viviam em condições de moradia que não atendiam aos padrões mínimos de habitabilidade, o que pode afetar sua saúde e bem-estar.

Riscos de Acidentes e Doenças: A falta de equipamentos de proteção coletiva (como sistemas de ventilação e proteção em áreas de trabalho) e individual (como capacetes, luvas e máscaras) expunha os trabalhadores a perigos significativos, aumentando o risco de acidentes de trabalho e doenças relacionadas ao ambiente de trabalho.

    Esses fatores mostram uma grave violação dos direitos trabalhistas e das normas de segurança no trabalho, que devem ser corrigidos para garantir condições dignas e seguras para os trabalhadores.

    Após uma fiscalização conjunta, o MPT constatou as condições degradantes do alojamento e a ausência de equipamentos de proteção, como botas e luvas. Alguns trabalhadores estavam até mesmo usando sandálias.

    O grupo foi retirado da fazenda e enviado de volta ao município de Caetanos, onde residiam.

    Pagamento de direitos


    O empregador cobriu os custos de transporte e das rescisões contratuais. A Prefeitura de Ituaçu foi acionada pela força-tarefa e prestou apoio no atendimento aos trabalhadores e ao empregador.

    O Centro de Referência em Assistência Social do município também ficou responsável pelo atendimento e acompanhamento das vítimas nos próximos dias.

    A ação fiscal envolveu auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, uma procuradora do órgão e agentes da Polícia Federal.

    Veja também: Os 10 Cursos do Senai com maior taxa de empregabilidade

    O MPT está negociando com o proprietário da fazenda a assinatura de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), que garantirá que o empregador não mais utilizará mão de obra análoga à escravidão, sob pena de multas.

    Também está sendo discutido um valor para que o proprietário da fazenda indenize a sociedade pelos danos morais causados. Caso o TAC não seja assinado, o MPT poderá mover uma ação civil pública na Justiça do Trabalho.

    Fonte: G1

    Foto: Divulgação/MPT

    Compartilhe

    📱 Participe do nosso grupo no WhatsApp e receba as notícias em tempo real:

    Grupo do WhatsApp

    📸 Não perca nenhuma atualização! Siga-nos no Instagram:

    Coruja News no Instagram

    © Todos os direito reservados ao Coruja News! Não é permitido cópia!