Nascimento de tubarão sem macho surpreende especialistas – Entenda o caso

A chegada de um filhote de tubarão-swell ao Shreveport Aquarium, na Louisiana, Estados Unidos, despertou grande interesse na comunidade científica. O nascimento do pequeno Yoko, no início de janeiro, trouxe um mistério: o ovo eclodiu em um tanque onde havia apenas duas fêmeas, sem qualquer presença de um macho nos últimos três anos.

Diante desse fato, especialistas levantaram duas hipóteses para explicar o ocorrido.

A primeira possibilidade é um fenômeno chamado partenogênese, um tipo de reprodução assexuada em que o embrião se desenvolve sem a necessidade de fertilização. Esse processo já foi documentado em algumas espécies de tubarões, como o tubarão-zebra e o tubarão-bambu-de-manchas-brancas. A partenogênese geralmente acontece quando as fêmeas estão isoladas de machos, embora existam casos em que ocorre mesmo com a presença deles. Os cientistas ainda não sabem exatamente quais fatores desencadeiam esse processo, mas acreditam que ele pode ser um mecanismo de sobrevivência para garantir a perpetuação da espécie.

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A segunda hipótese envolve a fertilização tardia. Algumas espécies de tubarão possuem a capacidade de armazenar esperma por longos períodos antes de fertilizar seus óvulos. Há registros de uma fêmea que conseguiu armazenar esperma por pelo menos 45 meses antes de gerar um filhote. Se esse for o caso de Yoko, significa que uma das fêmeas do aquário manteve esperma viável por anos antes de fertilizar o ovo.

Para confirmar qual dessas hipóteses explica o nascimento do filhote, o aquário realizará testes genéticos assim que Yoko atingir a idade apropriada. O especialista Kevin Feldheim, pesquisador do sistema de acasalamento e biologia populacional de tubarões, destacou que ainda há muitas lacunas no conhecimento sobre o tempo que diferentes espécies podem armazenar esperma e os fatores que desencadeiam a partenogênese.

O curador do aquário, Greg Barrick, enfatizou que o caso é um exemplo da resiliência da vida e das surpreendentes adaptações da natureza. O estudo de Yoko pode trazer novas descobertas sobre os mecanismos reprodutivos dos tubarões e reforça o quanto esses animais ainda guardam mistérios a serem desvendados.

Esse evento é mais um exemplo da complexidade da biologia marinha e da capacidade dos tubarões de se adaptarem a diferentes circunstâncias. Nos próximos meses, os testes genéticos fornecerão respostas mais definitivas, ajudando a compreender melhor como ocorreu esse nascimento incomum.

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