Mulher espancada pelo namorado tem alta médica: ‘Como se sofresse acidente de moto sem capacete’

Juliana Soares, de 35 anos, recebeu alta hospitalar nesta segunda-feira (4), após passar por uma cirurgia delicada e exaustiva de reconstrução dos ossos do rosto. O procedimento, que durou cerca de sete horas, foi necessário devido à gravidade das agressões que sofreu do ex-jogador de basquete Igor Eduardo Cabral. Ela foi brutalmente espancada com mais de 60 socos dentro do elevador de um condomínio em Natal (RN), episódio que chocou o país ao ser registrado por câmeras de segurança.

Juliana ficou com múltiplas fraturas no rosto e no maxilar. Segundo o cirurgião bucomaxilofacial responsável pela operação, Kerlison Paulino, o estado em que a vítima chegou ao hospital era semelhante ao de alguém que sofreu um acidente de moto sem capacete. “O nível de destruição óssea foi extremo. Tivemos que usar placas mais grossas e resistentes para tentar dar estabilidade ao esqueleto facial dela”, explicou o médico em entrevista ao Fantástico.

O especialista também destacou que há uma grande possibilidade de Juliana ficar com sequelas permanentes, devido à quantidade de fragmentos ósseos soltos e à complexidade do procedimento. “Mesmo com a fixação, alguns fragmentos estavam muito distantes uns dos outros, o que exigiu um reforço ainda maior na estruturação da face”, afirmou o cirurgião ao portal g1 RN.

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Juliana deverá retornar ao hospital em cerca de um mês para uma nova avaliação. Apesar da recuperação ser longa e delicada, ela já agradeceu o apoio recebido. Em uma mensagem publicada nas redes sociais, disse: “É um momento muito difícil, e eu preciso focar totalmente na minha recuperação. Sou muito grata a todas as minhas amigas que estão sendo minha rede de apoio neste momento”.

Entenda o caso

O crime aconteceu no dia 26 de julho e foi flagrado pelas câmeras de segurança do elevador. As imagens mostram Juliana conversando e gesticulando, quando, sem aviso, é violentamente atacada por Igor, que desfere uma sequência brutal de socos. A agressão durou minutos e só parou após a intervenção de moradores do condomínio.

Igor foi preso em flagrante logo após o crime. Durante a audiência de custódia, sua prisão foi convertida em prisão preventiva, e ele responderá por tentativa de feminicídio. No fim de semana, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio Grande do Norte (SEAP-RN) informou que apura uma denúncia de que Igor teria sido agredido dentro do presídio onde está detido.

O caso reforça a urgência do combate à violência contra a mulher

O espancamento brutal de Juliana não é um episódio isolado. Ele escancara, mais uma vez, a gravidade da violência doméstica e do feminicídio no Brasil. A coragem da vítima, ao expor sua história, traz luz à importância de denunciar e proteger mulheres em situação de risco.

Se você ou alguém próximo está sofrendo violência doméstica, procure ajuda. Ligue para o 180 (Central de Atendimento à Mulher) ou busque uma Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM). O silêncio pode ser fatal.

 

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