Uma mulher de 56 anos foi diagnosticada com raiva humana após ser atacada por um sagui em sua mão esquerda. O caso aconteceu no município de Santa Maria do Cambucá, localizado no Agreste de Pernambuco, e foi confirmado pela Secretaria de Saúde do Estado. O exame que apontou a doença foi realizado no renomado Instituto Pasteur, em São Paulo. Este é o primeiro registro de raiva humana em Pernambuco desde 2017, chamando atenção para a gravidade do problema.
Atualmente, a paciente está internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), em Santo Amaro, Recife. Ela deu entrada no hospital no dia 31 de dezembro, apresentando sintomas como dormência, dores no tórax, fraqueza muscular e um mal-estar generalizado. A situação alerta sobre a importância de agir rapidamente em casos de mordidas de animais silvestres.
O que é a raiva e como ela é transmitida?
A raiva é uma doença viral extremamente grave, que afeta o sistema nervoso central e tem quase 100% de letalidade, caso os sintomas se manifestem. O vírus, pertencente ao gênero Lyssavirus e à família Rhabdoviridae, é transmitido principalmente pela saliva de mamíferos infectados, seja por mordidas, arranhões ou lambeduras em feridas abertas.
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O exame realizado na paciente revelou que o vírus tem origem silvestre, ou seja, foi transmitido pelo sagui, um animal típico de áreas de mata. Segundo investigações, queimadas na região podem ter forçado o animal a sair de seu habitat natural em busca de alimento ou abrigo, aumentando o risco de contato com humanos.
Situação ambiental e importância da vacinação
De acordo com Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco, o Estado não registrava casos de raiva humana há anos, mas o vírus tem sido detectado em animais silvestres. Ele reforça que os animais domésticos, como cães e gatos, devem ser vacinados contra a raiva, tanto para protegê-los quanto para prevenir o risco de transmissão para humanos.
Além disso, queimadas e desmatamento têm contribuído para desequilíbrios ambientais, levando animais silvestres a se aproximarem de áreas urbanas, o que eleva a chance de incidentes como esse. Isso reforça a importância de preservar o meio ambiente para manter o equilíbrio entre humanos e a fauna silvestre.
O que fazer em caso de ataque?
Se você for mordido, arranhado ou mesmo lambido por um animal potencialmente infectado, siga estas orientações imediatamente:
- Lave o ferimento: Use água corrente e sabão para limpar a área afetada, reduzindo a carga viral.
- Procure atendimento médico: Vá imediatamente ao posto de saúde ou hospital mais próximo. O tratamento preventivo pode incluir vacina e, em casos mais graves, soro antirrábico.
- Informe às autoridades de saúde: Relate o incidente para que seja possível monitorar e investigar o animal agressor, prevenindo novos casos.
Reflexão e prevenção
O caso da mulher diagnosticada com raiva humana em Pernambuco serve como um importante alerta para a população. É essencial estar atento ao contato com animais silvestres e nunca subestimar ferimentos causados por eles, mesmo que pareçam superficiais. Além disso, a vacinação de animais domésticos é um ato de responsabilidade que pode salvar vidas.
Você sabia?
Casos como esse mostram como o equilíbrio entre natureza e sociedade é crucial para nossa segurança.
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