Menino autista perde dedo em acidente na escola; mãe revela risco de necrosar

A família do menino autista de 6 anos, que sofreu a decepção do dedo mínimo da mão esquerda em um trágico acidente na Escola Classe 415 de Samambaia, ainda busca entender as circunstâncias do ocorrido. O caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), é tratado como lesão corporal grave.

No dia 12 de março deste ano, o menino estava no banheiro feminino da escola quando, ao tentar colocar a mão na dobradiça da porta, teve o dedo arrancado. De acordo com relatos, a funcionária responsável pela limpeza do local teria fechado a porta no momento em que o garoto se aproximava, causando a lesão.

A criança foi imediatamente socorrida e levada ao Hospital de Base, onde passou por uma pequena cirurgia. No entanto, não foi possível salvar o dedo, que apresentava risco de necrose devido à gravidade da lesão.

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Nathalia Cavalcante, mãe do menino, descreveu o desespero ao receber a ligação da escola: “Na tarde daquele dia, o colégio acionou o Corpo de Bombeiros e registrou um boletim de ocorrência. Infelizmente, não foi possível salvar o dedo do meu filho”, lamentou. Além disso, a criança, que é autista nível 3, não consegue se comunicar verbalmente e estava sendo acompanhada por um tutor voluntário no momento do acidente. Contudo, no instante do ocorrido, o menino estava sozinho no banheiro.

Em depoimento, o tutor afirmou que o menino saiu correndo inesperadamente. Ele tentou chamá-lo, mas a criança aparentemente desobedeceu. A mãe acredita que o menino tentou usar o banheiro, mas a funcionária impediu sua entrada e fechou a porta, o que resultou no acidente. Nathalia também acusou a escola de negligência nos cuidados com o filho e está revoltada com a situação: “Isso é uma tragédia para todos nós. Precisamos de justiça, estamos traumatizados.”

Desde o incidente, o menino não voltou a frequentar a escola, e seus pais estão em busca de um novo local para matriculá-lo. “Temos muito medo de mandá-lo de volta à escola. Isso desestruturou nossa família”, desabafa a mãe.

A ocorrência foi registrada na 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), e o advogado da família, Thiago Braga, afirmou que serão tomadas medidas legais tanto na esfera cível quanto criminal. “Essa tragédia não pode se repetir. Os responsáveis precisam ser responsabilizados. Houve falhas graves por parte da escola”, declarou o advogado.

Após o acidente, a polícia identificou a funcionária envolvida, que foi conduzida à delegacia para prestar esclarecimentos. No entanto, o delegado de plantão não considerou, inicialmente, que houvesse dolo ou culpa por parte da faxineira, e ela foi liberada. A investigação continua, com diligências em andamento para apurar as circunstâncias e coletar provas.

Além da investigação policial, a Corregedoria da Secretaria de Educação do DF abriu um procedimento para apurar o caso. A Coordenação Regional de Ensino de Samambaia e a Defensoria Pública também estão acompanhando o andamento das investigações. A Secretaria de Educação do DF, por meio de nota, reafirmou seu compromisso com a segurança e o bem-estar dos estudantes e afirmou que tomará as medidas cabíveis assim que as investigações forem concluídas.

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