A licença menstrual tem se tornado um dos temas mais discutidos no cenário trabalhista brasileiro, por propor um avanço importante em termos de saúde, igualdade e bem-estar no ambiente de trabalho. O objetivo é reconhecer que o ciclo menstrual pode causar sintomas que, em muitos casos, comprometem a produtividade e a qualidade de vida das trabalhadoras.
A proposta busca garantir que mulheres e pessoas que menstruam possam se afastar do trabalho por até dois dias no mês, sem prejuízo no salário, quando enfrentarem sintomas intensos como cólicas fortes, fadiga extrema ou enxaquecas incapacitantes.
O que diz o projeto de lei
O Projeto de Lei 1249/22, já aprovado na Câmara dos Deputados, estabelece que o afastamento será permitido mediante apresentação de laudo médico comprovando a impossibilidade de exercer as atividades durante o período menstrual. O texto agora segue para análise no Senado, que deve definir os detalhes sobre prazos e regras para apresentação do laudo.
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Quem terá direito
Caso o projeto seja sancionado, a licença menstrual valerá para:
- Trabalhadoras com carteira assinada (regidas pela CLT);
- Empregadas domésticas;
- Estagiárias.
O objetivo é proteger a saúde física e mental dessas profissionais, evitando que precisem trabalhar sob dor ou desconforto, o que pode aumentar o risco de acidentes ou reduzir o desempenho.
O impacto nas empresas
Para as empresas, o impacto prático tende a ser pequeno, de acordo com especialistas, já que o afastamento é curto e restrito a casos clínicos comprovados. Em contrapartida, os benefícios podem ser significativos, como a melhoria do clima organizacional e o fortalecimento da relação de confiança entre empregadores e colaboradoras.
Organizações que já adotam políticas semelhantes em outros países registram aumento no bem-estar das funcionárias e na produtividade geral, justamente por priorizarem a saúde e o respeito às necessidades individuais.
Um avanço na busca por equidade
Segundo a deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), relatora do projeto, a medida representa um passo essencial rumo a um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo, no qual as mulheres não precisem escolher entre cuidar da saúde e manter o emprego.
A licença menstrual reforça o debate sobre direitos reprodutivos, equidade de gênero e humanização das relações trabalhistas. Se aprovada, será um marco na legislação brasileira, garantindo mais dignidade e respeito para quem convive com os desafios do ciclo menstrual.
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