Injúria Real: O que é e como se aplica no caso da médica que agrediu motorista de aplicativo

O caso envolvendo a médica Fedra Emanuela Aquino ganhou repercussão após um vídeo mostrar agressões físicas e verbais contra o motorista de aplicativo Luan Felipe Araújo Cruz, de 33 anos. O incidente aconteceu no dia 26 de dezembro, quando a médica exigiu que o motorista entrasse em um condomínio no Horto Florestal, em Salvador, e ele se recusou por não considerar necessário. A médica, então, desferiu tapas no motorista, o xingou repetidamente e tentou mexer no volante do carro.

Além das agressões, as palavras usadas por Fedra foram enquadradas como injúria real, crime que combina ofensas verbais com violência física, o que o torna mais grave do que a injúria simples. O advogado Josenor Costa, representante do motorista, explica:

“Injúria real é mais grave porque, além dos xingamentos, há a agressão física. Isso configura uma tipificação mais séria.”

O Que Diz a Lei Sobre Injúria Real?

A injúria real está prevista no artigo 140 do Código Penal Brasileiro. Trata-se de uma modalidade que adiciona à injúria verbal ou moral um ato de agressão física. A pena prevista para esse crime é de detenção de três meses a um ano, além de multa.

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Caso a médica seja condenada, essa será a punição aplicável à agressão sofrida por Luan.

Relembre o Incidente

No vídeo, é possível ouvir a médica justificando seu pedido para entrar no condomínio alegando estar “cheia de joias” e temer sair do carro. Luan, por sua vez, recusa a solicitação, afirmando que não vê necessidade de entrar no local. A negativa irrita Fedra, que inicia uma sequência de agressões e insultos, chamando-o repetidamente de “imbecil”.

Após o ataque, Luan gravou o ocorrido e registrou uma denúncia na delegacia, onde afirmou ter sido surpreendido pela atitude da passageira. Ele classificou o episódio como algo inesperado e lamentável.

Investigação e Andamento do Caso

A Polícia Civil da Bahia informou que está investigando o caso, com depoimentos e buscas em andamento para esclarecer os fatos. Luan já prestou depoimento na 6ª Delegacia Territorial de Brotas, e a médica será intimada para dar sua versão dos acontecimentos. Por questões de sigilo, a data do depoimento não foi divulgada.

Até o momento, a reportagem não obteve resposta de Fedra Emanuela Aquino, mas o espaço permanece aberto para que ambas as partes possam se manifestar.

Esse caso reacende o debate sobre o respeito e a segurança de profissionais que atuam no transporte por aplicativos, além de reforçar a importância de tratar com seriedade situações que envolvem agressões físicas e verbais.

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