Humanoides jogando futebol? Veja o vídeo que está chocando quem assiste

No último sábado, 28 de junho, um campo improvisado em uma zona industrial de Pequim, na China, foi palco de uma cena tão inusitada quanto fascinante. Robôs humanoides, programados para pensar e agir por conta própria, disputaram uma partida de futebol pela Liga Mundial de Futebol de Robôs, a RoBoLeague. Sem técnicos ou gritos à beira do campo, quem comandou o espetáculo foram algoritmos de inteligência artificial.

Vestindo uniformes roxos e pretos, com numeração para identificar cada um, os jogadores mecânicos entraram em campo para dois tempos de 10 minutos. O que se viu foi um verdadeiro laboratório vivo: passos ainda desajeitados, quedas constantes — em certo momento, dois robôs acabaram caindo um sobre o outro — e comemorações robóticas após cada gol, com braços erguidos num gesto que lembrava, de longe, a vibração humana.


Muito mais que diversão: o que essa partida revela sobre o futuro da tecnologia?

Apesar do jeito trôpego dos atletas eletrônicos, o jogo serviu para demonstrar avanços importantes em equilíbrio, agilidade e tomada de decisão em tempo real. Usando câmeras e sensores, esses robôs conseguem identificar a bola a até 18 metros de distância, com impressionantes 90% de precisão. Eles também reconhecem as linhas do campo, adversários e a posição do gol. Tudo isso processado instantaneamente, graças a sistemas de aprendizado por reforço profundo, que decidem o momento certo para passar, driblar ou chutar. Veja vídeo:

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Na prática, essa partida mostrou o quanto a inteligência artificial chinesa está evoluindo — não só para o lazer ou competições, mas como base para aplicações que vão de operações industriais a serviços de saúde.


Quem participou do torneio e quem levou a taça?

O evento reuniu equipes de universidades de peso, como a Tsinghua e a Universidade de Ciência e Tecnologia da Informação de Pequim. Ao final do duelo, o time Vulcan, da Tsinghua, saiu vitorioso com um placar de 5 a 3.

Mas a RoBoLeague é apenas uma parte de uma estratégia muito maior. A China tem ambição declarada de liderar o mercado global de robótica. De acordo com o banco Morgan Stanley, o país já responde por 40% desse mercado, avaliado em cerca de US$ 47 bilhões (aproximadamente R$ 257 bilhões), com expectativas de saltar para US$ 108 bilhões (em torno de R$ 591 bilhões) até 2028.


Outras competições robóticas que mostram o fôlego da indústria chinesa

E não é só no futebol que os robôs chineses brilham. Pequim já sediou, em abril deste ano, uma meia maratona exclusiva para humanoides. Já em maio, foi a vez de Hangzhou receber um torneio de kickboxing entre máquinas. Embora chamem atenção, esses eventos ainda enfrentam limitações: é comum ver robôs caindo, quebrando peças ou apresentando falhas durante as disputas.

Mesmo assim, o progresso é notável. Esses testes em público funcionam como vitrines do potencial tecnológico chinês e ajudam a refinar as máquinas para desafios ainda mais complexos.

Próxima parada: Jogos Mundiais de Robôs Humanóides em agosto

A partida de futebol do último sábado também serviu como um aquecimento para os Jogos Mundiais de Robôs Humanóides, programados para acontecer entre os dias 15 e 17 de agosto de 2025, em Pequim. O evento deve reunir 11 modalidades diferentes, incluindo ginástica, atletismo e, claro, futebol.

Essas competições não são apenas uma curiosidade tecnológica. Elas ajudam a atrair investimentos, impulsionam pesquisas em inteligência artificial e consolidam a posição da China como potência no setor de robótica.

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