Após uma longa batalha na Justiça, o cirurgião-dentista Igor Palhano, de 31 anos, conquistou o reconhecimento oficial como filho do icônico humorista Mussum, que faleceu em 1994. A decisão veio em fevereiro deste ano, marcando o fim de seis anos de disputas judiciais. No entanto, a alegria da vitória logo deu lugar a um novo desafio: garantir o direito à herança.
O juiz responsável pelo caso, Cariel Bezerra Patriota, da 12ª Vara da Família do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, reconheceu a paternidade, mas declarou-se “incompetente” para decidir sobre a divisão dos bens. Agora, Igor terá que recorrer ao “juízo orfanológico”, instância específica para tratar de inventários e heranças de herdeiros órfãos ou menores de idade.
Mussum já tinha cinco filhos oficialmente reconhecidos: Augusto César, Sandro, Paula Aparecida, Antônio Carlos Filho e Antônio Carlos Santana, o Mussunzinho. Quando Igor apareceu reivindicando o reconhecimento da paternidade, os demais herdeiros se recusaram a assinar o documento que oficializaria o vínculo, forçando o dentista a buscar a Justiça para comprovar sua origem.
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A disputa não parou por aí. Os irmãos mais velhos chegaram a acusar Igor de “litigância de má-fé”, alegando que ele estaria manipulando a situação para obter vantagens. No entanto, o juiz rejeitou essa alegação por falta de provas. Agora, a questão da herança permanece indefinida e deve seguir por um novo caminho judicial, prolongando ainda mais o embate familiar.
O caso de Igor levanta debates sobre a complexidade das disputas de paternidade e herança no Brasil. Embora tenha conquistado o direito de ser oficialmente reconhecido como filho de Mussum, ele ainda enfrenta barreiras para ter acesso ao que pode ser seu por direito. Essa história continua a se desenrolar e promete novos capítulos nos tribunais.
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