Festa do Bahia feminino é manchada por alegação de racismo

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Festa do Bahia feminino é manchada por alegação de racismo

Na segunda-feira (8) deveria ter sido de celebração para Suelen Santos, jogadora do Bahia, que garantiu o acesso à Série A1 (primeira divisão) do Campeonato Brasileiro Feminino de 2025. O time, conhecido como Mulheres de Aço, empatou 0 a 0 no jogo de volta das quartas de final contra o JC Futebol Clube-AM, mas, como já havia vencido o primeiro jogo por 2 a 0, avançou para as semifinais da Série A2. No entanto, a festa foi interrompida por uma confusão no campo ao final da partida, realizada no Estádio de Pituaçu, em Salvador.

Houve uma altercação entre jogadoras do Bahia e Hugo Duarte, técnico do time amazonense. No meio da confusão, Suelen alegou ter sofrido insultos racistas de Duarte e relatou o ocorrido à árbitra da partida e à Polícia Militar, que interveio para interromper a briga.

Suelen, o técnico do JC Futebol Clube-AM e outras testemunhas foram levados à Central de Flagrantes para registrar o incidente. Embora Hugo Duarte tenha negado as acusações, ele foi detido sob suspeita de injúria racial.

Em janeiro do ano passado, o presidente Lula sancionou uma lei que equipara o crime de injúria racial ao de racismo, aumentando a pena de dois para cinco anos de prisão. O crime de racismo é inafiançável e imprescritível.

Nesta terça (9), Suelen expressou sua indignação nas redes sociais sobre o ocorrido na noite anterior.

O presidente Lula, em janeiro do ano passado, aprovou uma lei que trata o crime de injúria racial da mesma forma que o de racismo, aumentando a pena de dois para cinco anos de prisão. O crime de racismo é considerado inafiançável e imprescritível.

“A Constituição Brasileira garante o direito de ser tratado como igual, sem discriminação de etnia e raça”, afirmou a atleta. “A repetição da expressão racista ‘macaca’ tenta silenciar minha voz como mulher negra no esporte, mas a denúncia é a arma que tenho para combater o racismo”.

Em nota oficial, o Bahia lamentou que a noite de festa tenha sido manchada por um “episódio lamentável no estádio de Pituaçu”.

“O Esporte Clube Bahia SAF manifesta toda solidariedade a Suelen e cobra uma resposta à altura da gravidade do assunto, reiterando nosso compromisso na luta contra qualquer tipo de discriminação”, afirmou o clube.

O JC Futebol Clube também utilizou as redes sociais para condenar qualquer ato de racismo ou injúria racial.

“O Clube, em colaboração com seu departamento jurídico, está apurando todas as informações relevantes sobre os eventos para adotar as medidas apropriadas, assegurando que não haja dados falsos ou difamatórios que possam prejudicar qualquer pessoa envolvida. Reafirmamos que o clube é contra qualquer forma de preconceito,” afirmou a equipe amazonense.

Fonte: Agência Brasil

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