O que parecia ser apenas mais um dia comum em um canteiro de obras na cidade de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, terminou revelando um esquema de furto e receptação que movimentou cerca de R$ 75 mil em materiais de construção. No último sábado (28), a polícia prendeu dois homens, de 32 e 34 anos, envolvidos diretamente no caso.
Segundo informações da Polícia Civil, câmeras de segurança flagraram o momento em que um furgão foi utilizado para retirar os materiais do canteiro de obras de uma construtora local. Entre os itens levados estavam portas, janelas e até fechaduras eletrônicas, que seriam fundamentais para a conclusão do empreendimento.
Rastro deixou os suspeitos à mostra
As investigações começaram quando os agentes localizaram o dono do furgão. Ao ser questionado, ele informou que o veículo era frequentemente utilizado por um funcionário. Este, por sua vez, revelou ter emprestado o automóvel ao outro suspeito, que pagou R$ 100 pelo uso, abasteceu o carro e ainda entregou como “agradecimento” uma fechadura eletrônica – que mais tarde se comprovou ter sido retirada da obra.
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O cerco se fechou quando o principal responsável pelo furto foi identificado: ele era ex-funcionário da construtora, o que facilitou o acesso ao local e o planejamento da ação. Diante das provas, o homem confessou o crime e contou que vendeu boa parte do material por meio de uma plataforma de comércio eletrônico, prática que se tornou comum para escoar produtos furtados.
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Materiais recuperados e celulares apreendidos
Parte dos materiais foi localizada e devolvida à construtora, minimizando parte do prejuízo. Os dois homens presos tiveram seus celulares apreendidos, e a polícia agora vai periciar os aparelhos para tentar identificar outros possíveis envolvidos, incluindo compradores que possam ter adquirido os produtos de forma ilegal.
Impacto e recado das autoridades
O caso serve de alerta para quem adquire materiais e produtos em plataformas online sem verificar a procedência. Comprar itens furtados também configura crime de receptação, e quem se envolve pode ser responsabilizado.
As investigações continuam para identificar toda a cadeia que pode ter se beneficiado do furto. Enquanto isso, o recado da polícia é claro: desconfiar de valores muito abaixo do mercado é o primeiro passo para evitar problemas com a Justiça e não alimentar esse tipo de crime que causa enormes prejuízos a empresas e trabalhadores.
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