Com perna amputada, atleta atropelado continuará correndo: “Prótese”

O corredor amador Emerson Pinheiro, de 29 anos, que sofreu um grave atropelamento em Salvador, deixou a UTI do Hospital Geral do Estado (HGE) e agora se recupera na enfermaria. Apesar das sequelas, ele mantém a determinação de seguir adiante. Emerson perdeu a perna direita, sofreu fraturas na esquerda e passou por cirurgias delicadas. Mesmo assim, transmitiu à avó, Maria do Carmo, uma mensagem de força: “Vó, não fique triste, porque eu vou seguir minha jornada. Vou correr, seja de cadeira, muleta ou prótese. Em nome de Jesus vou superar tudo”, relatou.

A recuperação ainda é desafiadora. Segundo amigos, o corredor ficou em choque ao descobrir a amputação após ser extubado, na última segunda-feira (18). No entanto, sua resiliência chamou a atenção e tem inspirado colegas e familiares.

O acidente

O atropelamento aconteceu no sábado (16), durante um treino coletivo de corrida na orla da Pituba. Emerson, estudante de Educação Física e atleta há quatro anos, se preparava para disputar uma maratona em Buenos Aires, no próximo mês. O motorista do carro, Cleydson Cardoso Costa Filho, foi preso em flagrante sob suspeita de dirigir embriagado. O veículo não só atingiu o corredor, como também colidiu contra um poste e uma barraca de acarajé.

Consequências legais

No dia seguinte, a Justiça converteu a prisão em flagrante de Cleydson em prisão preventiva, e ele foi transferido para o Complexo Penal da Mata Escura. O acusado também foi exonerado do cargo de secretário parlamentar na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), onde atuava.

Rede de apoio

Enquanto Emerson enfrenta o processo de recuperação, amigos e familiares têm mobilizado campanhas de solidariedade. Um mutirão de corredores compareceu à Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba) para doar sangue, em gesto de apoio ao atleta e também para reforçar os estoques do hospital.

O caso trouxe à tona não apenas o drama de um jovem apaixonado pelo esporte, mas também o impacto da imprudência no trânsito. Para Emerson, a luta continua, agora marcada pela superação e pela promessa de seguir correndo, ainda que em novas condições.

Quer que eu expanda essa matéria em formato de reportagem especial, trazendo dados sobre imprudência no trânsito e histórias de superação de outros atletas que perderam membros, para dar mais contexto e valor social à narrativa?