Chefão do PCC é preso e PF aguarda extradição da Bolívia

O nome dele é Marcos Roberto de Almeida, mais conhecido como Tuta, e não é qualquer criminoso: ele já foi considerado o principal nome do PCC fora dos presídios. Agora, após anos foragido, Tuta foi preso na Bolívia, e a Polícia Federal brasileira está em alerta, aguardando uma resposta oficial do governo boliviano sobre o que será feito: ele será extraditado ou expulso imediatamente do país?

O que está em jogo agora

Segundo Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, a situação está nas mãos das autoridades bolivianas. E o Brasil respeita essa decisão. Há duas possibilidades: ou Tuta será expulso do território boliviano imediatamente, o que aceleraria sua vinda para o Brasil, ou passará por um processo mais demorado de extradição legal. Tudo depende da legislação e da escolha soberana da Bolívia.

Enquanto isso, a PF mantém equipes e aeronaves prontas para buscá-lo a qualquer momento. Ou seja: assim que houver uma definição, a transferência será rápida.

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Quem é Tuta, afinal?

Você talvez não conheça o nome, mas ele é peça-chave no funcionamento do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas da América Latina. Tuta é acusado de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e envolvimento com organização criminosa. Está condenado a 12 anos de prisão e era procurado desde 2021.

E mais: segundo o Ministério Público de São Paulo, ele é apontado como o “cérebro financeiro do PCC”, operando esquemas que movimentaram mais de R$ 1 bilhão, envolvendo tráfico internacional e até compra de imóveis de luxo. Ele também atuou como principal líder da facção nas ruas entre 2020 e 2022.

A mentira sobre a própria morte

Em um episódio digno de roteiro de série policial, o PCC chegou a espalhar que Tuta havia sido executado pela própria facção — um tipo de “pena de morte interna”, aplicada a quem toma decisões sem a aprovação da cúpula. Mas era tudo uma farsa. A intenção era despistar as autoridades e tirar o foco das investigações.

De acordo com apuração do portal Metrópoles, essa notícia falsa fez parte de uma estratégia muito bem elaborada para proteger um dos seus homens mais estratégicos.

Como ele foi preso

A prisão aconteceu em Santa Cruz de La Sierra, cidade boliviana conhecida por abrigar foragidos internacionais. Tuta foi pego quando tentava renovar seu registro de estrangeiro usando um documento brasileiro falso. O material era verdadeiro no formato, mas os dados inseridos eram fraudulentos.

O nome dele constava na Lista Vermelha da Interpol, o que acionou os alarmes internacionais. A captura só foi possível graças a uma operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e a Força Especial de Luta Contra o Crime da Bolívia.

R$ 5 milhões para escapar da Rota

Outro fato grave chama atenção: durante a Operação Sharks, em 2020, ele escapou da prisão e, mais tarde, segundo investigadores, confessou ter sido “salvo” por membros da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), da Polícia Militar de São Paulo.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) apura que Tuta teria pago R$ 5 milhões a policiais do setor de inteligência da Rota em troca de informações privilegiadas sobre os mandados que seriam cumpridos. R$ 2 milhões teriam sido pagos logo de início, em espécie.

E agora, o que acontece?

Tudo depende da resposta das autoridades bolivianas, que deve sair nas próximas horas. Caso Tuta seja expulso, a deportação será imediata e ele retornará ao Brasil para cumprir pena e responder por novos crimes. Caso a Bolívia opte pela via formal, o processo de extradição poderá levar mais tempo, mas a Polícia Federal garante que o desfecho é questão de tempo.

Enquanto isso, o caso segue movimentando os bastidores da segurança pública, do combate ao crime organizado e até das relações diplomáticas entre Brasil e Bolívia.

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