Caso de traição em show do Coldplay revela que marido traído vem de família poderosa dos EUA

O flagrante de uma traição durante um show do Coldplay nos Estados Unidos ultrapassou o universo dos virais para se tornar um retrato revelador das engrenagens discretas, mas poderosas, da elite americana. A cena, registrada por uma “kiss cam”, mostra a executiva Kristin Cabot aos beijos com Andy Byron, ex-CEO da empresa de tecnologia Astronomer — e até aí, seria apenas mais um episódio de infidelidade exposta. No entanto, os desdobramentos do caso trouxeram à tona uma trama mais complexa envolvendo heranças bilionárias, passado escravocrata e o silêncio de uma aristocracia acostumada a viver fora do escrutínio público.

Kristin Cabot é casada com Andrew Cabot, herdeiro direto da dinastia Cabot — uma das famílias mais tradicionais e influentes de Boston. Os Cabot fazem parte do seleto grupo conhecido como Boston Brahmin, que reúne velhas famílias protestantes brancas que dominaram os espaços político, econômico e acadêmico da Nova Inglaterra por gerações.

A fortuna do clã tem raízes históricas controversas. Registros do século XIX apontam que membros da família estiveram diretamente envolvidos no tráfico transatlântico de pessoas escravizadas e no lucrativo comércio de ópio, práticas que ajudaram a construir o império financeiro dos Cabot. O patriarca Samuel Cabot, por exemplo, alavancou os negócios ao se casar com Eliza Perkins, filha de um dos comerciantes mais poderosos da época. Com o tempo, os Cabot passaram a investir em universidades como Harvard e MIT, consolidando seu nome entre os pilares do establishment americano.

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O impacto da traição, no entanto, foi além da esfera íntima. O vídeo rapidamente viralizou nas redes sociais, e Kristin teve seu perfil profissional apagado do LinkedIn. Até então, ela atuava como conselheira da empresa da família e ocupava um cargo estratégico no setor de Recursos Humanos da Astronomer, onde também trabalhava Andy Byron. Ele, por sua vez, já enfrentava acusações de assédio moral por parte de ex-funcionários.

A casa adquirida recentemente pelo casal Cabot em New Hampshire — uma mansão à beira-mar avaliada em US$ 2,2 milhões — indicava que, até o escândalo vir a público, o casamento seguia de forma discreta, mas sólida. Kristin também esteve envolvida em um divórcio conturbado anterior, que se arrastou por quatro anos até ser finalizado em 2022.

O caso levantou discussões relevantes sobre como certas famílias norte-americanas acumulam e mantêm fortuna, prestígio e influência política com base em estruturas históricas excludentes. Ainda que o episódio tenha surgido de forma quase anedótica — uma câmera flagra um beijo impróprio num show de música —, ele acabou abrindo espaço para um debate mais profundo sobre herança, poder e responsabilidade histórica.

A conhecida máxima bostoniana que diz “onde os Lowells falam com os Cabots, e os Cabots falam apenas com Deus” volta a ganhar força diante de um episódio que escancara não apenas traições conjugais, mas também silêncios históricos que resistem ao tempo.

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