A história de Gabriel Cunha, um jovem baiano de 21 anos, é marcada por sonhos interrompidos e uma tragédia que deixou muitas perguntas sem resposta. Gabriel, que nasceu em Salvador e passou parte da adolescência em Fortaleza, no Ceará, nutria o sonho de se tornar jogador de futebol profissional. Em busca desse objetivo, há três anos ele se mudou para Portugal, mas sua trajetória foi abruptamente interrompida na última quinta-feira (16).
O jovem morreu após cair no rio Mondego, na cidade de Coimbra, em circunstâncias que geraram controvérsia entre a versão oficial da polícia portuguesa e o relato de amigos e familiares.
O que aconteceu?
De acordo com a polícia portuguesa, Gabriel e outros jovens foram abordados por suspeita de tráfico de drogas. O comunicado aponta que ele já havia sido detido anteriormente por envolvimento com o tráfico. Durante a abordagem, Gabriel teria fugido, correndo pela margem do rio, e se jogado na água, onde acabou desaparecendo. Seu corpo foi encontrado horas depois, com o auxílio do Corpo de Bombeiros.
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No entanto, a família do jovem contesta essa versão. Segundo relatos de amigos que estavam com ele no momento, Gabriel teria sido agredido pelos policiais e atingido por balas de borracha enquanto tentava fugir. O impacto o teria feito cair no rio, levando ao seu afogamento.
Um sonho interrompido
Gabriel deixou o Brasil para perseguir o sonho de se tornar jogador de futebol, carregando consigo as esperanças de um futuro promissor. “Ele era dedicado, apaixonado pelo esporte e tinha muitos planos”, relembra Erika Dantas, tia do jovem. Para ela, as alegações da polícia não condizem com o perfil de Gabriel e o que ele representava.
Uma despedida marcada pela dor
A notícia da morte chegou à família por meio dos amigos de Gabriel, que organizaram uma homenagem emocionante na sexta-feira (17), no local onde o corpo foi encontrado. Flores e balões brancos foram lançados ao rio Mondego como um gesto simbólico de despedida e luto.
Muitas perguntas, poucas respostas
O caso de Gabriel levanta questões importantes sobre o tratamento de jovens migrantes e as circunstâncias de intervenções policiais em Portugal. A família afirma que busca respostas e justiça, já que acredita que o jovem foi vítima de violência policial. Por enquanto, não há informações sobre o velório ou o enterro de Gabriel, mas sua história ressoa como um alerta para refletirmos sobre os desafios enfrentados por brasileiros que buscam oportunidades fora do país.
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